quinta-feira, 13 de junho de 2013

David Bowie: quatro décadas de Alladin Sane

Assim como seu criador, os discos de David Bowie são atemporais. Prova disso está escancarada logo nas primeiras notas de Watch That Man, composição que abre Aladdin Sane. O disco completa quatro décadas de lançamento e prova que passou no teste do tempo com louvor.
 
A obra de 1973 ganha reedição batizada Aladdin Sane – 40th Anniversary Edition (EMI Music, R$ 31,90 em média) e chega às prateleiras em embalagem digipack, traz reprodução fiel do encarte com as letras das canções.
 
Produzido por Scott Ken ao lado de Bowie, Aladdin Sane, sexto trabalho da discografia do compositor, teve a árdua tarefa de substituir seu maior clássico: The Rise and Fall of Ziggy Stardust And The Spiders From Mars, trabalho que em seu repertório traz as faixas Lady Stardust e Ziggy Stardust.
Apesar do visual andrógino adotado por Bowie permanecer, ele optou por utilizar desta vez receita mais roqueira, como na faixa Panic In Detroit, com suas guitarras distorcidas.
 
Composto quase todo durante excursão no Japão, o disco foi responsável por elevar a popularidade do glam rock na Inglaterra. Foi com ele que Bowie conseguiu alcançar as paradas de sucesso na terra natal. The Jean Genie, tomou o segundo lugar no Top 10 de singles na Inglaterra. Já Drive-In Saturday, chegou ao terceiro lugar no Reino Unido.
 
Escutar hoje músicas como o rock Cracked Actor ou a balada The Prettiest Star sem saber do que se trata – nem a data de seu lançamento – é a prova de como Aladdin Sane não está ligado a uma década ou a um gênero ou moda. As faixas, não apenas essas, mas todas, soam como se fossem novas em folha.
 
Grata surpresa – aos que não conhecem o álbum – é a releitura quase punk criada pelo artista para o clássico do Let’s Spend The Night Together do Rolling Stones. O disco conta com participação especial do pianista norte-americano Mike Garson.

Apesar do belo acabamento do relançamento que, diga-se de passagem, teve todo o áudio remasterizado com todo o cuidado por Ray Staff no AIR Studios de Londres, a crítica que fica é: uma edição de aniversário de tamanha importância como essa merecia no mínimo algumas surpresas, como faixas bônus, fossem ao vivo ou inéditas.

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