A vez do rock sueco
Não é dos Estados Unidos, do Brasil ou da Inglaterra. O disco da vez vem da gelada Suécia, de um grupo ainda não muito conhecido chamado Graveyard.'Hisingen Blues' (Hellion Records, R$ 29,90 em média), segundo trabalho do quarteto, é obra roqueira como há muito não se escuta por aí.Formado por Joakim Nilsson (guitarra e voz), Jonatan Ramm (guitarra), Rikard Edlund (contrabaixo) e Axel Sjöberg (bateria) o Graveyard apresenta CD recheado por dez composições - todas autorais.A capa é convite à psicodelia usada em ilustrações do saudoso trio Blue Cheer. O álbum mergulha em arranjos setentistas e harmonias preciosas. A banda bebe na fonte de grupos obscuros dos anos 1970 como Highway Robbery e Granicus, prova disso está na sonoridade das guitarras e do contrabaixo - sempre encorpado.Mas mesmo com tantas referências, o Graveyard anda com as próprias pernas e traz toda essa bagagem para os dias atuais. 'Ain't Fit No Live Here', responsável pela abertura do disco, é consistente, pesada e bem elaborada. O vocal, ora estridente, ora suave e sutil, é show à parte em 'No Good, Mr Holden'. A música tem andamento arrastado e é repleta de inteligentes harmonias e arranjos, um dos destaques.O resultado da gravação da faixa homônima traz ares de improvisos com solos geniais de guitarra. A trilha sonora desacelera em 'The Siren'. Com acordes serenos, a música conquista, intercalando fraseado suave com refrão poderoso. Disco imperdível.
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