terça-feira, 30 de novembro de 2010

O teatro de Alice

A apresentação de um figurão como o cantor norte-americano Alice Cooper é algo surpreendente. O músico que já esteve três vezes no Brasil, não se contenta apenas com as ótimas composições que faz, muitas delas aliás, já beiram os 40 anos  isso sem contar nas canções mais recentes. Alice é daqueles músicos incansáveis, faz questão de produzir ótimos discos até hoje.

Quando Alice começou, para ser diferente dos demais, implantou ao seu show, um verdadeiro teatro de horror.

A gravação realizada em Londres, no Hammersmith, em 2009, para o DVD Alice Cooper – Theatre of Death (Universal Music, R$ 44,90), que também traz um CD, ilustra bem a ideia de show do lendário músico.

Além do prato principal, recheado por canções como Is It My Body, Be My Lover, Welcome To My Nightmare e Killer, o cantor, aos 62 anos, também pinta o rosto, pula, faz caretas, fica preso na camisa de força, se debate com a enfermeira – interpretada por sua filha Calico Cooper –, e propõe um verdadeiro espetáculo ao fã. Alice passa longe de ser apenas um músico. Se ainda tem alguma dúvida, basta assistir.

Korn de volta às raízes

A volta do produtor Ross Robinson pode ser considerada um alívio aos fãs da banda de metal Korn. Encarregado da produção de Korn III Remember Who You Are (Warner Music, R$ 28 em média), novo disco do grupo californiano, Robinson que também produziu os dois primeiros discos do grupo, estampa sua marca nas 11 canções que compõem o novo trabalho.
O álbum promove uma volta às raízes do grupo capitaneado pela voz de Jonathan Davis.

O novo trabalho traz riffs pesados e grudentos da guitarra de James Shafer, presentes em toda a obra. Move On, Let The Guilt Go e Never Around são os destaques.

Jeff Beck - Galeria de fotos do show em São Paulo

Como você pôde conferir em nossa resenha, Jeff Beck fez um ótimo show na Via Funchal no dia 25/11/2010. Abaixo você pode conferir a nossa galeria de fotos exclusivas deste show.

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

U2 confirma show no Brasil

O grupo irlandês U2 confirmou show em solo brasileiro. A banda volta ao Brasil com a turnê U2 360º, o show acontecerá no estádio do Morumbi, em São Paulo, no dia 11 de abril de 2011. A grande novidade para esta apresentação é que não haverá o setor Pista VIP.

Os ingressos custam entre R$ 70 e R$ 380, a venda antecipada para clientes dos cartões Citibank, incluindo os cartões Credicard e Diners, acontece nos dias 04 e 05 de dezembro de 2010. O público em geral poderá comprar a partir do dia 07 de dezembro de 2010. Ingressos podem ser adquiridos pelo telefone 4003-0806 (válido para todo o País) e pelo site http://www.ticketsforfun.com.br/. Membros do site oficial do U2 poderão obter ingressos antes da pré-venda para clientes Citibank. Mais informações no site da banda: http://www.u2.com/. A banda Muse será encarregada da abertura do show.

Preços

Pista - R$180
Cadeira Inferior A - R$340-
Cadeira Inferior B - R$340
Cadeira Superior Azul 1 - R$380
Cadeira Superior Azul 2 - R$380
Cadeira Superior Azul Premium - R$380
Cadeira Superior Vermelha - R$380
Cadeira Superior Amarela (Visão parcial) - R$ 70
Cadeira Superior Laranja - R$380
Arquibancada Azul - R$240
Arquibancada Vermelha - R$240
Arquibancada Vermelha Especial - R$240
Arquibancada Amarela - R$220
Arquibancada Laranja - R$240

domingo, 28 de novembro de 2010

Twisted Sister incendeia São Paulo

Vinícius Castelli

A segunda visita da lendária banda norte-americana Twisted Sister ao Brasil serviu para proporcionar dois shows na mesma noite. Além do primeiro, oferecido pelo quinteto liderado pelo simpático vocalista Dee Snider, houve um outro, que ficou por conta do eufórico público que quase lotou a Via Funchal na noite do último sábado (27).

Tudo bem, o Twisted Sister fez sua estreia no Brasil no fim do ano passado, e a única novidade de lá para cá, é que tiraram as famosas maquiagens e também não usam mais as roupas coloridas. Mas para quem sabe do que se trata um concerto do Twisted Sister, sabe bem que eles não precisam de novidades.
Com uma discografia recheada por inúmeras canções valentes, que resistem fortemente ao tempo, o grupo subiu ao palco pouco depois das 22h e tirou do bolso a canção What You Dont' Know (Sure Can Hurt You), de Under the Blade, seu álbum de estreia e nela, as sempre entrosadas guitarras de JJ. French e Eddie Ojeda falaram alto.

The Kids Are Back veio em seguida e praticamente colocou o lugar abaixo. Stay Hungry, do álbum homônimo, lançado em 1984, veio na sequência, seguida pela pesadíssima Captain Howdy, para a felicidade dos fãs.

Na canção Shoot'em Down, o público cantou, pulou, e como fez durante todo o show, participou da melhor forma possível, enquanto o Twisted Sister assistia tudo de camarote, ou melhor, em cima do palco. A banda, que ainda conta com o baixista Mark Mendoza e com o baterista AJ. Pero, sabe bem como ganhar o público. Dee Snider é um entertainer de primeira, se enrolou na bandeira do Brasil, rasgou elogios ao público brasileiro, assim como fez seu companheiro JJ French, que disse o Brasil é o único País da América do Sul onde eles tocariam duas noites - nos outros países por onde passarão, tocarão apenas uma noite.

Mas foi no clássico absoluto We're Not Gonna Take It que o circo pegou fogo, com o público cantando em uníssono. Com a composição Long Live Rock'n'Roll, gravada originalmente pelo Rainbow, a banda prestou sua homenagem ao vocalista Ronnie James Dio, morto em maio deste ano.

Ainda couberam no setlist a canção I am (Iim Me), a paulada Under the Blade e a belíssima e desacelerada The Price, que com certeza tirou lágrima de muito fã.

Com uma luz vermelha cobrindo todo seu  rosto, Dee Snider soltou a voz em Burn in Hell, para o delírio dos presentes. Mas faltava algo ainda. A banda queria mais e o público também, era a hora de I Wanna Rock, para incendiar de vez. No bis, Come Out And Play e SMF, para encerrar.

Não há como se cansar deles, e é bem provável que eles também não se cansem dos brasileiros, que cheios de energia, lotaram seu show pela segunda vez. Sim, Twisted Sister, a casa é de vocês, como vocês mesmo disseram, essa é sua segunda casa, venham sempre que quiserem.

Fotos: Ronaldo Chavenco

sábado, 27 de novembro de 2010

Yes: entrevista exclusiva

Vinícius Castelli


"Nossa, eu não me lembrava que já haviam se passado 11 anos. Sabia que fazia muito tempo", disse em entrevista exclusiva Chris Squire, baixista e fundador do grupo britânico de rock progressivo Yes, sobre o hiato desde sua última visita ao Brasil.

O grupo fará única apresentação na Capital paulista no domingo, às 21h, no HSBC Brasil. Os ingressos já estão esgotados. Referência mundial do rock progressivo, a banda que já teve em seu time o vocalista John Anderson e o tecladista Rick Wakeman promete vários clássicos para o show em São Paulo. "Tocaremos coisas dos álbuns conhecidos, incluiremos uma música do disco Time and a Word, que é Astral Traveller. Vamos colocar também músicas do disco 90125. É uma boa seleção", afirmou o baixista.

Além de Chris, o Yes chega reforçado pelo guitarrista Steve Howe, pelo vocalista canadense Benoît David, pelo tecladista Oliver Wakeman - que assumiu a função do pai Rick Wakeman - e também pelo baterista Alan White.

No currículo, o Yes carrega 'apenas' 42 anos de experiência e alguns dos discos mais importantes da história do gênero: Fragile, Close to the Edge e Tales From Topographic Oceans, para citar alguns. Chris conta que nunca esperou tanta longevidade para a banda, que esperava ter uma carreira do mesmo tamanho da dos Beatles, com pouco menos de uma década. Ele fala que não há um segredo para estar tanto tempo em atividade. "Bem, eu não sei exatamente o que é. Mas provavelmente porque o Yes gosta de tocar música para as pessoas ao redor do mundo. Nós gostamos disso. É muito bom estarmos juntos depois de todo esse tempo, e esperamos poder fazer isso por muitos anos", revelou o músico.

A banda já sofreu várias idas e vindas de músicos ao longo dos anos. Chris acredita que 19 pessoas já tenham passado pelo grupo. Ele é o único que nunca arredou o pé. "Sou o cara que não larga a banda, igual ao cara que está na festa e não vai embora para casa", brinca. "As pessoas saíram para fazer outras coisas, cuidar da carreira solo, eu fiquei esperando para ver o que aconteceria. É por essa razão que estou no Yes por tanto tempo", disse entre uma risada e outra.

Animado, o músico contou que a entrada de outros músicos trouxe novos ares para o Yes. "A chegada de Benoît e de Oliver nos deu fôlego. Essa é uma das razões de estarmos fazendo um novo disco. Temos novos integrantes, eles têm novas ideias e isso nos deu a possibilidade de fazer algo excitante", contou. "Um novo disco? Boa notícia", exclamou o repórter. "Sim, estou em Los Angeles trabalhando nisso, estamos escrevendo novo material, o disco sairá no próximo ano", revelou o baixista.

Serviço Yes:
Domingo, às 21h. No HSBC Brasil -
Rua Bragança Paulista, 1281. São Paulo.
Tel.: 4003-1212. Ingressos esgotados.

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Aula do professor Beck


O fã de rock não poderia ter semana melhor. No domingo e segunda-feira, Paul McCartney e na quinta-feira Jeff Beck, sem falar de Twisted Sister e Yes que ainda passarão por São Paulo nos próximos dias.

No caso do guitarrista britânico, a apresentação de ontem, no Via Funchal, preencheu todas as expectativas. Depois de 12 anos sem passar por aqui, Beck trouxe a turnê de seu mais recente lançamento, Emotion & Commotion, em um show com bom público.

Em pouco mais de 1 hora e meia, o artista desfilou sons de sua extensa carreira, baseada principalmente no fusion e blues. A abertura ficou com Plan B, emendada com Stratus, cover de Billy Cobham.

Após um breve agradecimento no microfone, Beck começou a pesada Led Boots e passou para a tranquila Corpus Christi Carol, do disco novo. Música delicada, que mostrou a versatilidade de Beck.

Na seqüência veio Hammerhead, também do novo álbum. Neste som, o guitarrista abusou dos wahwah, remetendo até a algo mais hendrixiano, levantando o público.Vale destacar também a performance do baterista Narada Michael Walden, com boas viradas e que fisicamente lembra o Mike Terrana, ex-batera do Rage.

Já que destacamos atuações individuais, Rhonda Smith deu um show a parte. A baixista presenteou o público com um empolgante solo e agitou muito com seu charme.

Com o público ganho foi a vez da música mais ‘pop’ da apresentação. People Get Ready foi composta originalmente por Curtis Mayfield, mas ganhou definitivamente espaço nas FM’s nos anos 80, quando regravada por Beck na companhia de Rod Stewart teve também um bonito clip exibido na MTV.

Passado o momento mais leve, a banda veio com a pedrada You Never Know do álbum There and Back que foi seguida por Rollin’ & Tumblin’, bluesão de primeira de Muddy Waters que ganhou excelente versão na voz potente de Rhonda. Depois foi a vez de Somewhere Over the Rainbow, Blast From the East e Angel Footsteps.

Na parte final da apresentação vieram Dirty Mind, que tem um, entre muitos do show, solo matador. Ainda houve tempo para Brush With Blues, que como o próprio nome denuncia descamba para um blues de primeira com boas improvisações do grupo e por fim A Day in the Life, dos Beatles, que ganhou uma cara um pouco mais pesada, com direito a referências a riffs mais pesados do próprio Beck.

Na hora do bis vieram a funkeada I Want to Take You Higher e a nostálgica How High the Moon. A despedida ficou com a bela Nessun Dorma, presente no disco mais recente.

É fato que faltaram músicas como Beck’s Bolero, Shape of Things ou até alguma coisa do Beck, Bogart & Appice. No entanto, Jeff Beck continua produzindo coisas muito boas e que devem ser tocadas. Se Beck é um dos últimos guitar-heros vivo, vida longa ao mestre.

Fotos: Ronaldo Chavenco

Set-List
Plan B
Stratus
Led Boots
Corpus Christi Carol
Hammerhead
Mna Na Eireann (Woman of Ireland)
Rhonda Smith Solo
People Get Ready
You Never Know
Rollin’ & Tumblin’
Big Block
Somewhere Over the Rainbow
Blast From the East
Angels Footsteps
Dirty Mind
Brush With the Blues
A Day in the Life


Bis
I Want to Take You Higher
How High the Moon
Nessum Dorma

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Figurões do rock homenageiam Ozzy Osbourne

A ST2 Records acaba de disponibilizar no Brasil o álbum Flying High Again - The World's Greatest Tribute to Ozzy Osbourne. O 'Principe das Trevas' teve algumas de suas canções - tanto do Black Sabbath quanto da carreira solo - interpretadas por vários nomes do rock.

Lançado há quatro anos nos Estados Unidos, o álbum traz uma mistura de artistas tocando juntos canções como Mr.Crowley, por exemplo, interpretada pelo vocalista Tim Ripper Owens (ex-Judas Priest) e pelo guitarrista Yngwie Malmsteen. Lemmy Kilmister, líder do Motorhead, participa ao lado do guitarrista Richie Kotzen. Juntos eles fizeram uma versão para Desire

Um dos destaques da obra fica por conta de Goodbye to Romance, gravada originalmente por Ozzy em seu primeiro álbum solo, e interpretada agora pelo Alex Skolnick Trio.
Skolnick produziu uma versão jazz e instrumental para a composição. O disco traz também Dee Snider, vocalista do Twisted Sister, cantando Crazy Train. Com ele, estão também o guitarrista Doug Aldrich e o baterista Jason Bonham. Ainda constam nomes como Vince Neil, do Motley Crue, e a cantora Lita Ford. Feito para fãs do Ozzy.

Leve ingressos para o show do Rhapsody of Fire

A banda italiana Rhapsody of Fire fará única apresentação no Brasil. O show marcado para o dia 05 de dezembro acontecerá no Santana Hall, às 19h, na capital paulista. Os ingressos custam entre R$ 60 e R$ 120 e podem ser comprados através do site www.ticketbrasil.com.br/
A banda aproveita a passagem no Brasil para divulgar The Cold Embrace Of Fear, seu novo álbum.

O Pilha na Vitrola em parceria com a Rádio Corsário vai dar dois pares de ingressos para você assistir ao show. Para participar, diga através do e-mail viniciuscastelli@dgabc.com.br por qual motivo devemos te dar um par de ingresso. Só serão aceitos e-mails com RG, cidade de residência, nome completo e telefone para contato. Envie sua frase até o dia 02/12/2010.

Serviço Rhapsody of Fire:
Data: 05/12/2010, ás 19h
Local: Santana Hall. Av. Cruzeiro do Sul, 2737 - São Paulo / SP - (próximo ao metrô Carandiru e Santana)
Fone: (11) 2221-0855. www.santanahall.com.br
Mais informações: http://www.radiocorsario.com/rhapsody.html

Ultraje à Rigor - Galeria de fotos do show no SESC Santo André - 20/11/2010

Que show !!! O Ultraje à Rigor fez um show sensacional no dia 20/11/2010 no SESC Santo André. Abaixo você confere a nossa galeria de fotos exclusivas deste show.

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Brian Ferry em boa forma

A postura elegante de Bryan Ferry está explícita em suas canções. O cantor britânico que dos anos 1970 ao início dos anos 1980 conduziu o grupo Roxy Music, – isso sem contar uma turnê de reunião em 2001 – acaba de tirar do forno Olympia (EMI, R$ 30 em média), seu trabalho de inéditas.

Ao olhar a capa do disco, você pode até achar que é uma mídia com fotos de moda. Mas não, não se trata disso. É mesmo o disco de Bryan Ferry. O cantor escolheu a embalagem a dedo. E, caso você tenha alguma dúvida ao olhar a moça bonita estampada na capa, sim, é Kate Moss, aquela famosa modelo britânica.

O talentoso figurão traz na nova empreitada dez canções dançantes e cheias de elegância. Das dez, oito composições suas, Ferry traz também uma versão para Song To The Siren, de Tim Buckley e No Face, No Name, No Number, do Traffic, lendário grupo dos anos 1970.

You Can Dance, música responsável por abrir a obra, chega recheada por deliciosos climas. Há oito anos sem gravar um álbum de inéditas, Ferry não poupa condimentos para enriquecer Olympia. Músicas como Alphaville e Heartache By Numbers seguem no mesmo caminho: mesclam pop com um bocado de romantismo e pitadas de soul. E tudo isso, sem sequer pensar em ser brega.

Podemos dar crédito à boa produção de Olympia a seu idealizador maior, Bryan Ferry. Mas há outro que também deve levar mérito pelo bom resultado: Rhett Davies, produtor que trabalhou com Ferry em sua carreira solo e também nos tempos do Roxy Music. Davies também assinou trabalhos de grupos como Genesis, Dire Straits, Talking Heads e King Crimson, por exemplo.

Nas belas canções que recheiam Olympia, Ferry não está sozinho. O músico se mistura a uma lista de convidados que mescla gerações e vertentes musicais. Nomes como Flea, baixista do Red Hot Chilli Peppers, Jonny Greenwood, do Radiohead, o pessoal da Groove Armada e até o lendário guitarrista, vocalista e ex-Pink Floyd David Gilmour constam na lista de Ferry. Interessante como alguns músicos deixam sua marca registrada em pequenas notas. Aos que acompanham um pouco mais o trabalho de Gilmour, bastam algumas poucas notas da canção Me Oh My, para saber que se trata do ex-Pink Floyd.

Mas o álbum traz uma grande surpresa que com certeza agradará todos os fãs do Roxy Music. Ferry gravou a canção Song To The Siren ao lado de seus ex-companheiros do Roxy Music. Sim, pode acreditar. Brian Eno, Phil Mazanera , Andy Mackay e Bryan Ferry juntos novamente. Este é o primeiro disco a reuní-los desde o álbum For Your Pleasure, de 1973. Olympia é na verdade, aquilo que Ferry sabe fazer e muito bem: uma mistura de leves temperos musicais.

Coluna publicada no jornal Diário do Grande ABC.

Paul McCartney encanta São Paulo


Vinícius Castelli

A experiência de assistir ao concerto de um ex-Beatle é algo único. E isso estava estampado no rosto do público que lotou o estádio do Morumbi na noite da última segunda-feira (22), em São Paulo. A chuva que insistiu em cair por toda a tarde, deu uma trégua instantes antes da lenda subir ao palco, pouco depois das 21h30.

Paul Mc Cartney é uma das maiores, se não a maior, referência viva da música. Baseado nisso, já é de se esperar no mínimo um ótimo espetáculo. Mas para o delírio dos sortudos que estavam dentro do estádio naquela noite, McCartney foi além, e proporcionou uma noite mágica.
 
Munido de toda sua experiência, dos músicos Abe Laboriel Jr (bateria), Paul Wickens (teclado), Brain Ray (guitarra e baixo), Rusty Anderson (guitarra) e de muita vontade de tocar, Paul também trouxe um trunfo: algumas das canções mais belas já escritas, e que sequer pensam em envelhecer.

Com o palco todo colorido pelo enorme telão, Paul apareceu ao som de Magical Mystery Tour, clássico dos Beatles. E não pense que o show foi apenas um revival de Beatles, o que também não teria problema algum. O britânico tirou do bolso canções como Jet, do disco pós-Beatles Band on The Run.
Brincalhão, ele falou português 80% do tempo, com a ajuda de algumas 'colinhas' que ficavam ao seu lado. E se deu bem, conquistou todo mundo logo de imediato, como se fosse preciso.
Mas sim, ele fez questão de ser simpático, de brincar, de fazer parte daquela multidão.

All My Loving veio recheada por imagens dos Beatles projetadas no telão. A qualidade do som foi algo espetácular. Qualquer um que fechasse os olhos por alguns segundos poderia pensar que estava assistindo um ensaio particular da banda, tamanha a qualidade do som no estádio.

Frases como "Tudo bem?" e "Vocês são maravilhosos" foram declaradas durante as 3 horas de show. Em uma apresentação com tantas canções belas fica difícil destacar 'essa ou aquela'. Mas uma merece destaque especial: Paul homenageou seu antigo companheiro de banda, o ex-Beatle Goerge Harrison com a música Something e com imagens do velho amigo no telão.
O público ainda conferiu Blackbird, Mrs. Vandebilt, Band On The Run, do disco homônimo e a mais recente Sing The Changes.

A poderosa frase de guitarra de Paperback Writer incendiou o estádio, que em uníssono, cantou também Let It Be junto de Paul. Feito criança feliz, o músico tocou baixo, violão, banjo, e piano, e ainda é dono de um vozeirão invejável.
Live and Let Die e os fogos de artifício quase colocaram o lugar abaixo. E ainda houve espaço, durante os dois bis, para Day Tripper, Lady Madonna, Get Back, Yesterday, Helter Skelter, e por fim, o clássico dos Beatles Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band seguida por The End.

Todos esperavam muito, e foram surpreendidos, com mais, muito mais. Um momento único e especial, para guardar para sempre.

Fotos: Ronaldo Chavenco

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Guitar Idols ganha versão nacional

Não só os guitarristas, mas também os apreciadores de um bom riff podem ficar em alerta. A ST2 Records acaba de disponibilizar no Brasil um verdadeiro apanhado de raridades. A empreitada da vez se chama Guitar Idols e chega em dois CDs . Mas atenção, esta não é uma coletânea qualquer, longe disso.
Imagine Mick Mars, guitarrista do Motley Crue tocando uma versão para Cold Ethyl, de Alice Cooper.

Ok, não é fã do Motley? Tudo bem, Guitar Idols traz um leque enorme de músicos, Steve Lukather, do Toto tocando Shine On You Crazy Diamond, do lendário grupo britânico Pink Floyd. A primeira bolachinha traz ainda Steve Howe, do Yes em uma versão para Goodbye Blue Skyes,  também do Pink Floyd, por exemplo.

Guitarristas como Zakk Wild, Steve Morse (Deep Purple) e Ted Nugent - este no clássico Tye Your Mother Down, do Queen - também estão na lista.

Rhapsody of Fire vem ao Brasil

A banda italiana Rhapsody of Fire fará única apresentação no Brasil. O show marcado para o dia 05 de dezembro acontecerá no Santana Hall, às 19h, na capital paulista. 

Os ingressos custam entre R$ 60 e R$ 120 e podem ser comprados através do site www.ticketbrasil.com.br/

A banda aproveita a passagem no Brasil para divulgar The Cold Embrace Of Fear, seu novo álbum. O Pilha na Vitrola em parceria com a Rádio Corsário vai dar dois pares de ingressos para você assistir ao show. Fique ligado para mais informações.   


Serviço Rhapsody of Fire: Data: 05/12/2010, ás 19h 
Local: Santana Hall. Av. Cruzeiro do Sul, 2737 - São Paulo / SP - (próximo ao metrô Carandiru e Santana)
Fone: (11) 2221-0855. www.santanahall.com.br
Mais informações: http://www.radiocorsario.com/rhapsody.html

Afrociberdelia será relançado em LP

Vinícius Castelli

Dentro de um mercado rodeado pelo CD e pela venda digital de músicas, isso sem contar os downloads ilegais, o disco de vinil continua buscando seu lugar ao sol. Prova disso são os lançamentos que tivemos este ano através da Polysom, única fábrica de vinil da América do Sul que está reativada.

Na lista – que cresce a cada mês – já constam títulos como Nós Vamos Invadir Sua Praia (Ultraje a Rigor), África Brasil e A Tábua de Esmeralda (Jorge Ben), Cinema (Cachorro Grande) e Todos os Olhos (Tom Zé), isso sem contar a discografia completa da Legião Urbana, lançada pela EMI e produzida pela Polysom.

A bolacha da vez se chama Afrociberdelia, clássico da banda Chico Science & Nação Zumbi, e segundo disco da carreira do grupo pernambucano. O relançamento do álbum faz parte do projeto da coleção Clássicos em Vinil. Lançado originalmente em 1996, o disco da banda de Recife traz em seu menu canções como O Cidadão do Mundo, Samba do Lado, Um Passeio no Mundo Livre e o clássico Manguetown, entre outras.

Produzido pela banda junto de Eduardo Bid, o LP original era composto por 13 músicas. O diferencial do relançamento da Polysom é que incluiu duas faixas que só figuravam no CD: Mateus Enter e Sangue de Bairro.
Assim como todos os outros títulos produzidos este ano pela empresa, Afrociberdelia está sendo feito em vinil de 180 gramas. O disco também teve os áudios remasterizados dos tapes originais e as artes também reproduzem o ‘verdadeiro’ projeto gráfico. O álbum deve chegar às prateleiras em dezembro.
Além da bela arte de capa, João Augusto, um dos proprietários da Polysom exalta: “Um LP que teve o acetato bem cortado, com as partes metálicas bem produzidas e a prensagem feita dentro dos padrões básicos tem o som infinitamente melhor do que qualquer MP3 ou coisa que o valha. Não há compressão do som por processos digitais binários. O vinil conserva uma profundidade do som que se perde claramente nos formatos digitais”.

A aposta da Polysom no velho formato de vinil não deve parar tão cedo. Títulos diversos como Estudando o Samba, de Tom Zé, Aqui, Ali, em Qualquer Lugar, de Rita Lee e Jesus Não Tem Dentes No País dos Banguelas, do Titãs, estão na lista de próximos lançamentos da gravadora.

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Ultraje a Rigor ferve noite de sábado


Vinícius Castelli

Cerca de 2.400 pessoas compareceram ao Espaço de Eventos do Sesc Santo André no último sábado (20) para celebrar a música do grupo Ultraje a Rigor.
Liderado pelo carismático guitarrista, vocalista e compositor Roger Moreira, o grupo desfilou durante quase 1h30 de show canções que ficaram muito conhecidas nos anos 1980 e 1990.

O show não só matou a saudade dos antigos fãs, mas também fez a alegria de uma geração que nascia enquanto o Ultraje a Rigor lançava o álbum de estreia Nós Vamos Invadir Sua Praia, em 1985.

Ao lado de Roger, o baixista Mingau, o guitarrista Marcus Kleine e o baterista Bacalhau desfilaram canções como Inútil, Rebelde Sem Causa e Mim Quer Tocar, por exemplo.
Animado, o público parecia estar ligado no 220V. Pulava e cantava enquanto Roger cantava Independente Futebol Clube.

O Ultraje a Rigor impressiona em alguns aspectos:
1° - Por mais tempo que passe, sua música não envelhece;
2° - Tampouco o sentido de suas letras;
3° - Pode ter certeza que se o setlist do show tiver 20 canções, ao menos 15 delas você conhece;
4° - São ótimos músicos em um ótimo show fazendo música da ótima qualidade.

Sexo!!, faixa homônima do segundo disco da banda colocou fogo no lugar. Desse disco ainda vieram Eu Gosto é de Mulher, o clássico Pelado e Maximillian Sheldon. Vale ressaltar a ótima qualidade do som do Sesc. Nada se perdeu pelo caminho. A faixa Filha da Puta, do disco Crescendo foi uma aula anti-stress.

A banda preparou também uma versão para Shena Is a Punk Rocker, dos Ramones, fez seu tributo ao grupo brasileiro Plebe Rude com Até Quando Esperar, com Mingau no vocal e até um cover para Paranoid, do Black Sabbath. Isso sem contar no improviso blueseiro das guitarras de Roger e Kleine.
Mas o que o público queria mesmo, era mais do Ultraje. Além de Ciúme, cantada em uníssono, Nós Vamos Invadir Sua Praia fez valer a noite de sábado. No fim, a banda ainda atendeu os fãs que quiseram autografar seus discos ou tirar fotos. Tomara que possamos todos ver mais do Ultraje por aí. 

Fotos: Ronaldo Chavenco

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Ultraje a Rigor no Sesc Santo André

Vinícius Castelli

Eles já invadiram muitas praias ao longo dos 25 anos de carreira, especialmente nos anos 1980. Mas agora vão invadir Santo André.

O grupo Ultraje a Rigor se apresentará no Espaço de Eventos do Sesc Santo André neste sábado, às 20h. Os ingressos custam entre R$ 5 e R$ 20 e podem ser comprados nas bilheterias de toda a rede Sesc.
Liderado pelo vocalista, guitarrista, compositor e também fundador Roger Moreira, o grupo carrega em sua discografia álbuns que se tornaram indispensáveis. Entre eles, o de estreia, Nós Vamos Invadir Sua Praia.

Lançado em 1985, o disco acabou de ganhar relançamento em vinil, via Playsom, e dele deve sair a maioria dos hits para o show. Das 11 faixas contidas no álbum, nove se tornaram clássicos. Além da homônima, o álbum traz também Mim Quer Tocar, Ciúme, Marylou, Zoraide, Eu Me Amo e Inútil, para citar algumas.

Além de Roger, único da formação original, o Ultraje a Rigor conta também com o guitarrista Marcus Kleine e com o baterista Bacalhau.

Ousada, a banda surgiu como parte de uma explosão cultural em meados dos anos 1980.
Com bom humor, o grupo conseguiu trazer, além das letras divertidas, outras que alfinetavam a política do País, além de discutir as diferenças sociais. As canções inteligentes e despojadas tornaram a banda referência no rock brasileiro.

Além dos grandes clássicos, o grupo paulistano também deve pincelar para o setlist da apresentação em Santo André composições como Eu Gosto de Mulher, Sexo! e Pelado, do disco Sexo!.
Músicas dos discos Crescendo e Ó também não devem ficar de fora da festa.

Entre os trabalhos do Ultraje, outro que ganhou destaque foi o acústico gravado para a MTV, em 2005. Com as guitarras deixadas de lado, o grupo produziu arranjos de violão para as composições e passeou por toda a carreira. O acústico também contém uma versão para Can’t Explain, do The Who, batizada pela banda de Eu Não Sei.
E para quem pensa que o Ultraje a Rigor vive apenas das antigas canções, aqui vai a novidade: Música Esquisita a Troco de Nada. A ideia desse projeto é disponibilizar novas músicas para audição e também para download conforme elas forem sendo feitas.

Quando a banda atingir um número suficiente de canções, lançarão todas as faixas em CD com versões diferentes das que foram disponibilizadas. As canções estão disponíveis no site www.mypsace.com/ultrajearigor.
Serviço:Ultraje a Rigor – Show. No Sesc Santo André – Rua Tamarutaca, 302, Santo André. Tel.: 4469-1200. Sábado, às 20h. Ingr.: R$ 5 a R$ 20.

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Alcatrazz ganha coletânea

Vinícius Castelli

Formada para ser vitrine do vocalista Graham Bonnet, a banda norte-americana Alcatrazz acabou se tornando, no fim das contas, porto de grandes nomes da guitarra, entre eles do sueco Yngwie Malmsteen.

A ST2 acaba de colocar uma coletânea nas prateleiras, The Best of Alcatrazz (R$ 25 em média), do grupo criado por Bonnet pouco depois de sua saída do Ritchie’s Blackmore Rainbow – Bonnet havia entrado para substituir Ronnie James Dio.

A banda lançou na década de 1980 quatro álbuns. Além de No Parole from Rock 'n' Roll, disco de estreia, lançou também um ao vivo Live Sentence, e outros dois de estúdio: Disturbing The Peace e Dangerous Games.

Ao lado de Bonnet, Malmsteen assinou várias das canções do primeiro disco e também participou da gravação de Live Sentences. Deste, a coletânea traz o clássico Since You’ve Been Gone, de Russ Ballard. Outra regravação, All Night Long, originalmente gravada pelo Ritchie’s Blackmore Rainbow, também está no CD.

Além de Malmsteen, outro que participou do grupo ao lado do vocalista foi o guitarrista Steve Vai, no lugar de Malmsteen. O músico gravou o disco Disturbing The Peace. Dele, canções como God Bless Vídeo, Stripper e Painter Lover, por exemplo. O apanhado também traz algumas faixas do disco Dangerous Games, gravadas com o guitarrista Danny Johnson.

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Primeiro Metal Attack: Raven e Steve Grimmett no Brasil - Galeria de Fotos

O primeiro Metal Attack foi histórico, pois reuniu Steve Grimmett e Raven (pela primeira vez no Brasil) no palco do Carioca Club, no dia 13/11/2010. Abaixo você pode curtir a nossa galeria exclusiva de fotos deste show:

Catálogo dos Beatles passa a integrar iTunes

Os álbuns dos Beatles também farão parte da família iTunes. A Apple, responsável pela venda de música online através da loja iTunes anunciou que disponibilizará os álbuns da banda britânica.

Será possível comprar os discos na íntegra, os 13 álbuns originais estarão disponíveis. Para quem não quiser comprar os discos inteiros, há a possibilidade de comprar as canções que o ouvinte escolher.
A Apple também disponibiliza um pacote que integra todas as músicas dos Beatles à venda no iTunes ao vídeo Live at the Washington Coliseum, 1964. O lançamento do catálogo no iTunes se deu por conta da parceria entre a EMI e a Apple Corps.

Os deliciosos discos de Neil Young

Enquanto Le Noise, mais novo disco de Neil Young não chega ao Brasil – o lançamento está previsto ainda para este mês –, o público pode se deliciar com o relançamento dos quatro primeiros álbuns da carreira do guitarrista, cantor e compositor canadense.

Os relançamentos fazem parte da série Neil Young Archives Official Release Series (Warner Music, R$ 28 em média cada). Três deles, inclusive, já apagaram as velas de seu 40º aniversário.

Músico engajado e referência do folk e do rock, Neil Young lançou antes e também enquanto trabalhava junto dos amigos David Crosby, Stephen Stills e Graham Nash, alguns de seus discos mais importantes. Da série que chega agora às prateleiras, está Neil Young, seu trabalho de estréia, lançado em 1968, que mescla canções folks com harmonias psicodélicas de guitarra.

Lançado no ano seguinte, o ótimo Everybody Knows This Is Nowhere, que traz na capa Young ao lado de um cachorro, é o segundo disco de sua carreira solo. Foi seu primeiro solo gravado com a lendária banda Crazy Horse. Para este trabalho nasceram canções belíssimas como o clássico Down By The River, e Cinamon Girl.

After The Golden Rush é outro que faz parte do pacote de relançamentos. Também gravado com os músicos da Crazy Horse, com esse disco Young colocou os pés na década de 1970 com classe. Nas composições do álbum, realçou ainda mais o trabalho de coros vocais, como em Only Love Can Break Your Heart ou Birds. Entre canções delicadas e recheadas por belos arranjos, After The Golden Rush traz uma canção suja, Southern Man, uma das melhores da obra.

Para fechar a série está Harvest, quarto da carreira do canadense, e talvez seu disco mais conhecido.
Ainda passeando pelo folk, e sem a Crazy Horse – ele gravou Harvest com a banda Stray Gators – Young ilustra as canções com muito violão e arranjos de gaita. Só a composição Heart of Gold já vale toda a obra. Todos os discos tiveram o áudio restaurado, e mesmo sem trazer bônus, formam discografia indispensável.
Coluna publicada no Diário do Grande ABC.

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Massive Attack toca hoje em São Paulo

Referência mundial do trip hop, o duo britânico Massive Attack traz para o Brasil a Heligoland Tour 2010. Formado por Daddy G (Grant Marshall) e 3D (Robert Del Naja) o grupo vem ao País para duas apresentações no mês de novembro.

O Massive Attack se apresentará hoje em São Paulo, no HSBC Brasil, às 22h. Os ingressos podem ser comprados através do http://www.hsbcbrasil.com.br/, e custam entre R$ 180 e R$ 300. O grupo britânico nasceu na cidade de Bristol em 1988. Na discografia, o grande clássico é Mezzanine, seu terceiro trabalho. O álbum traz o single Teardrop.

Serviço:
Massie Attack
Hoje - HSBC Brasil– São Paulo, às 22h. Rua Bragança Paulista, 1281 – Chácara Santo Antonio 
Ingressos: Entre R$ R$ 180 e R$ 300.
Mais informações:
http://www.hsbcbrasil.com.br/

Um universo de Blues

Imagine Mick Taylor, ex-guitarrista dos Rolling Stones, tocando uma canção de John Lee Hooker com o tecladista Max Middleton e Pete Brown, por exemplo. Ou o guitarrista britânico Jeff Beck junto de Pete Brown e Earl Green. Pois é disso que se trata a coleção composta por quatro álbuns This Is The Blues (ST2 Records, R$ 34 em média, cada).

Do primeiro ao quarto disco, preciosidades como uma versão de tirar o fôlego para Red House, do lendário guitarrista norte-americano Jimi Hendrix por John Lee Hooker, morto em 2001. Quem também dá o ar da graça é o baixista Jack Bruce (ex-Cream).

Em Racketeer Blues, Mick Jagger, a voz do Rolling Stones deixa o microfone de lado e participa tocando harmônica ao lado de seu irmão Chris Jagger.

Lendas como Rory Gallagher e Gary Moore também constam na lista. Indispensável, mesmo com a ausência de nomes como Eric Clapton e Johhny Winter.

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Norah Jones encanta público em São Paulo


O Parque da Independência, em São Paulo, recebeu no último domingo (14), a cantora e multi-instrumentista norte-americana Norah Jones. O público presente na tarde ensolarada foi de 22 mil pessoas, mas as ruas ao redor do Parque também serviram de espaço para a platéia que não conseguiu entrar. De acordo com a Polícia Militar, cerca de 18 mil pessoas escutaram ao show do lado de fora.

Encantadora, Nora Jones deu os primeiros acordes de I Wouldn't Need You, canção presente no álbum The Fall às 17h. Trajando um vestinho vermelho, Norah também portava uma guitarra de mesma cor. De seu último disco ainda vieram as canções Even Though e Tell Yer Mama.

Acompanhada por um grupo de músicos afiados, o palco serviu como caldeirão para usar e abusar de ingredientes delicados nas canções. A cada canção os músicos traziam novos instrumentos, assim, Norah Jones e seus companheiros conseguiram fazer diante de um mundarel de gente, um show intimista.
Um dos pontos altos da apresentação ficou por conta da belíssima Come Away With Me, faixa homônima de seu álbum de estreia, seguida por The Long Way Home, cover de Tom Waits.

Simpática, Norah disse que esse deve ter sido seu maior público, ao menos o maior que ela já pode ver, disse ainda que aquelas canções são para um clima noturno, mas que não havia problema, que tocariam mesmo assim. Brincou também, dizendo "O sol voltou a brilhar, ele brilha em vocês", sobre o sol ter tomado o lugar do tempo encoberto.
Ainda vieram Broken, Cry, Cry, Cry, a bela Back To Manhattan e Sinkin Soon. Outro destaque do setlits ficou por conta de Don't Know Why, que contou com a participação especial do guitarrista Jesse Harris, que, ao lado do percussionista Bill Dobrow, foi encarregado pela abertura do show.

Norah Jones saiu do palco e voltou em seguida para o bis. Afinal faltava uma das canções mais aguardadas: Sunrise. A banda se juntou bem na frente do palco e soltaram Sunrise, Creepin'In e How Many Times have You Broken My Heart.

Em aproximadamente 1h30 de show,
Norah Jones desfilou suas belas canções, e sem ter de fazer o menor esforço, encantou todas as pessoas presentes.
Fotos: Ronaldo Chavenco

Raven e Steve Grimmett celebram o melhor do Metal em São Paulo

O primeiro Metal Attack, realizado no Carioca Club, no último sábado (13), já nasceu fazendo história ao reunir Steve Grimmett (ex-vocalista do lendário Grim Reaper) e o histórico grupo Raven. Tanto o Raven como Grimmett surgiram na cena metal no início dos anos 1980. Naquela época eu e meus amigos viviamos trocando fitas K7 (na época infelizmente não tinha mp3) contendo material dessas bandas, pois aqui no Brasil os LPs deles, quando chegavam, eram importados e os preços altos demais.

Posto isso, eu e mais alguns felizardos pudemos presenciar as performances fantásticas desses músicos e curtir uma noitada maravilhosa regada à clássicos do metal dos anos 80, e que eu particularmente considero o melhor período do metal.

O  primeiro que subiu ao palco foi o grande Steve Grimmett (grande no tamanho, na voz, carisma e na simpatia ) que com seu vozeirão resgatou os grandes clássicos do Grim Reaper e fez todo mundo "bater cabeça" e cantar os refrões de todas as músicas executadas.
Grimmett abriu a noite com  Rock You To Hell. Depois foi um verdadeiro massacre. As músicas Night Of The Vampire, Lust For Freedom, Wrath, Liar, Fear No Evil, Never Comming Back, Rock Until I Die, All Hell Let Loose, Now Or Never, Lay It On The Lies e Matter Of Time fizeram um setlist perfeito para os stage divings que ocorreram durante quase toda a apresentação.
Mas o show ainda não tinha acabado e para o bis eles tocaram Final Scream. Grimmett encerrou a apresentação com o clássico See You In Hell. Foi fantástico !!!


Depois foi a vez  do Raven, e nós que já haviamos achado o show do Grimmett ótimo, tivemos uma grande surpresa. Pois o Raven foi melhor ainda. Assim que subiram ao palco, um rapaz ao meu lado falou: "Esperei 30 anos pro esse momento". O Raven proporcionou uma verdadeira aula de Heavy Metal.
A banda britânica formada  pelos irmãos Mark (Baixo e Vocal) e John Gallagher (Guitarra e Vocal) e Joe Hasselvander (Bateria) começou o seu set com Take Control, do disco All For One.
Na sequência já emendou  Live At The Inferno, All For One, Breaking You Down - de Walk Through Fire, seu disco mais recente-, e Rock Until You Drop. Ao final desta música Mark Gallagher fez o seu solo de guitarra. E que solo!!!!

Depois eles tocaram o medley Speed Of The Reflex/Run Silent, Run Deep/Mind Over Metal. Ainda vieram  Long Days Journey, Faster Than The Speed Of Light e a mais pedida da noite On And On.

Para o bis uma grande surpresa. John Gallagher aparece no palco com seu baixo Explorer vermelho, e arranca gritos e aplausos da platéia. Com esse instrumento clássico ele fez um solo tão bonito que se Joey DeMaio (baixista do Manowar) estivesse presente, com certeza teria colocado a cabeça entre as pernas e chorado como uma menininha. Que solo fantástico !!!

Ainda havia espaço para a cereja do bolo. Eles chamaram Steve Grimmett ao palco e com ele executam Born To Be Wild do Steppenwolf  (que o Raven gravou nos anos 80 em um compacto num dueto com ninguém menos que Udo Dirkschneider, na época, vocalista do Accept).

Depois ainda fazem um medley com Symptom Of The Universe, do Black Sabbath,  I Don't Need a Doctor, Summertime Blues e Genocide/Break The Chain. Com esse medley eles encerraram a apresentação.

Este primeiro Metal Attack foi realmente inesquecível, um verdadeiro revival das lendas dos anos 1980. Fizeram apresentações memoráveis e compensaram os fãs presentes com o melhor do Metal. Se você perdeu, pode chorar que a gente vai entender, pois outro show desses.....
Após o show, Steve Grimmett e os músicos do Raven ainda foram até a rua atender pedidos de fotos e autógrafos dos fãs, demonstrando muita simplicidade e simpatia.
Fotos: Ronaldo Chavenco

Set List - Steve Grimmett:
1.  Rock You To Hell
2.  Night Of The Vampire
3.  Lust For Freedom
4.  Wrath
5.  Liar
6.  Fear No Evil
7.  Never Comming Back
8.  Rock Until I Die
9.  All Hell Let Loose
10. Now Or Never
11. Lay It On The Lies
12. Matter Of Time
Bis
13. Final Scream
14. See You In Hell

Set List - Raven
1. Take Control
2. Live At The Inferno
4. All For One
5. Breaking You Down
6. Rock Until You Drop
7. Solo Guitarra - Mark Gallagher
8. Speed Of The Reflex / Run Silent, Run Deep / Mind Over Metal
9. Long Days Journey
10.Faster Than The Speed Of Light
11.On And On
12.Crash Bang Wallop
13. Don´t Need Your Money
Bis
14.Solo Baixo John Gallagher
15.Born To Be Wild
16.Break the Chain / Symptom Of The Universe /Roadhouse Blues / Break The Chain (reprise)

domingo, 14 de novembro de 2010

Bitches Brew, de Miles Davis, ganha edição comemorativa

Um dos discos mais importantes de Miles Davis, Bitches Brew, comemora seu 40° aniversário este ano. Lançado em 1970, Bitches Brew  foi o disco que aproximou Miles Davis do rock’n’roll.
Para comemorar a data, a Sony Music preparou uma nova edição com gravações originais, remasterizadas, ao vivo e em estúdio. 

O box Miles Davis – Bitches Brew reúne em dois CDs os 94 minutos originais das longas e avançadas faixas gravadas no álbum, além de um DVD com a apresentação do quinteto formado por Wayne Shorter (saxofone), Chick Corea (piano), Dave Holland (baixo) , Jack DeJohnette (bateria) realizada em Copenhague, em novembro de 1969, durante o Festival Tivoli Konsertsal.

sábado, 13 de novembro de 2010

Norah Jones grátis em São Paulo

Nem a chuva prevista para o domingo (14) em São Paulo será motivo para ficar em casa. A cidade recebe a doce visita da cantora norte-americana Norah Jones. A multi-instrumentista nascida em Nova York volta ao Brasil para apresentação gratuita no Parque da Independência, às 16h.

Dona de uma das vozes mais doces da música atual, Norah apresenta a turnê de The Fall, seu quarto álbum, lançado em 2009, que tem canções como Back To Manhattan, Stuck, December, Tell Yer Mama e Man Of The Hour, entre outras.

O charme e a delicadeza de composições como Don't Know Why? e Come Away With Me, ambas de seu disco de estréia, fizeram com que Norah caísse no gosto das pessoas imediatamente.

Com show que passeia pelo folk e jazz, a cantora chega acompanhada por Sasha E. Dobson (backing vocal e instrumentos diversos), Smokey Hormel (guitarra), John Carroll Kirby (teclados), William Gustavus Seyffert (baixo e backing vocal) e Jon Joseph Waronker (bateria). Músicas como Sunrise e Those Sweet Words, já velhas conhecidas do público, não devem faltar no repertório da performance.

Antes dela, quem sobe ao palco é o compositor e guitarrista Jessé Harris, ao lado do percussionista William Dobrow. Harris ganhou um Grammy de melhor música com a composição Don't Know Why?.
Parque da Independência comporta 25 mil pessoas e os portões de acesso abrirão a partir das 14h.

Serviço:
Norah Jones - Domingo (14), às 16h.No Parque da Independência - Avenida Nazaré, São Paulo. Grátis. Entrada única pelo portão da Rua dos Patriotas. Não será permitido acesso ao local portando objetos cortantes ou perfurantes, além de latas, garrafas e guarda-chuva.

À vontade mesmo

O trombonista Raul de Souza é um dos casos clássicos da música brasileira. É reconhecido lá fora, reverenciado por grandes mestres, mas por aqui pode pegar metrô que não será reconhecido.
Com espantosos 55 anos de carreira, o artista está celebrando o marco e passa por algumas capitais brasileiras, com sua banda chamada NaTocaia, formada por músicos de Curitiba.

Souza realizou em São Paulo, no dia 9, show no Teatro Fecap, onde desfilou por pouco mais de 90 minutos músicas de sua carreira e versões de clássicos da bossa nova e do jazz. Com bom público, a apresentação concorrida mostra que a cidade tem sim público para esse tipo de espetáculo.
O teatro, bem localizado e organizado, recebeu bem quem buscava um bom show de jazz, bossa nova, fusion e qualquer outro rótulo que seja possível dar ao som de Raul de Souza.
A apresentação teve início depois da exibição de um curta-metragem sobre a vida do músico e feito em homenagem a música instrumental brasileira. Para começar Nana, de Moacir Santos, um clássico da bossa nova e que de cara levantou o público.
Na sequência vieram Lamento, de Pixinguinha e Inútil Paisagem, de Tom Jobim. Após a trinca, Raul apresentou sua banda, da qual vale destacar o baixista Glauco Solter, agradeceu ao público e apresentou um trombone adaptado, que recebeu o apelido de 'souzabone'.
Então chegou a vez de À Vontade Mesmo, faixa título do primeiro álbum de Raul de Souza, lançado em 1965, quando ele ainda era chamado de Raulzinho.

O show prosseguiu com outras raridades como Lament, de JJ Johnson, até chegar ao final com dois sons mais calmos: Nos Conformes e Vida Real.
Pausa para o bis e Bananeira, de João Donato e Gilberto Gil, fechou a noite, deixando o público à vontade, mesmo.

Set-list
Nana
Lamento
Inútil Paisagem
À Vontade Mesmo
Jump Street
Sweet Lucy
Lament
The Other Side of the Moon
Nos Conformes
Vida Real
Bossa Eterna

Bis
Bananeira

Vagas de trabalhos na internet: Moda, tecnologia, meio ambiente e muito mais