quinta-feira, 27 de dezembro de 2012
O bom e velho Led Zeppelin
A sensação que se tem, logo nas primeiras notas tocadas, é a de que um tesouro, que estava guardado a sete chaves, foi desenterrado. Precioso, imponente e atual. É assim que se descreve um pouco do que foi o concerto realizado pelo grupo britânico Led Zeppelin na O2 Arena, em Londres, em 2007.
A apresentação, 'Celebration Day - Live From London 2007' (Warner Music, R$ 74,90 em média), chega às prateleiras embalada em caixa que traz dois CDs e um DVD, além de livreto ilustrado. Há também opção em separado e em blu-ray.
O espetáculo, visto por 18 mil pessoas que conseguiram ingressos por meio de sorteio mundial - no total 20 milhões se inscreveram para conseguir um bilhete -, foi tributo ao amigo e fundador da gravadora Atlantic Records, Ahmet Ertegun.
Foi a primeira vez que Robert Plant (voz), Jimmy Page (guitarra e violão) e John Paul Jones (contrabaixo e teclado) - fundadores da banda - se reuniram em 27 anos. Para o lugar do baterista John Bonham, morto em 1980, a banda convidou seu filho, o talentoso Jason Bonham.
Ao longo de duas horas a banda apresenta cancioneiro que imortalizou-se ao longo dos anos. Leia-se 'Black Dog', 'Stairway To Heaven', 'Whole Lotta Love' e 'Rock And Roll'.
A imagem física dos músicos pode não ser a mesma da dos anos 1970. E isso, no caso do Zeppelin, é o que menos importa. Ao mesmo tempo em que Page exibe seus cabelinhos brancos, sua guitarra solta notas dignas, precisas. A banda se comporta como se jamais tivesse se separado.
Ainda ilustram o show petardos como 'Misty Mountain Hop', 'Ramble On', 'No Quarter' e 'Kashmir'.
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sexta-feira, 21 de dezembro de 2012
Quatro décadas do expresso de Gil
O relançamento também faz parte das comemorações pelos 70 anos do compositor baiano. O disco foi remasterizado no lendário estúdio britânico Abbey Road. A capa, com suas partes dobráveis características - assinada por Edinízio Ribeiro Pimo e Aldo Luiz - foi fielmente reproduzida a partir do LP.
'Expresso 2222' marca o fim do exílio do cantor em Londres. Característica clássica do trabalho é a mistura do tropicalismo com a bagagem que o violonista trouxe da Europa. O disco vai de Leste a Oeste, do rock ao cancioneiro nordestino.
As notas envolventes de violão, leia-se faixa homônima, se misturam aos diversos experimentos da guitarra elétrica do genial Lany Gordin, caso da roqueira 'Back In Bahia', destaque no disco.
DE ESTREIA
quarta-feira, 19 de dezembro de 2012
Andralls: Metal do ABC
"Fomos a lugares que ainda não conhecíamos, como Rússia, Bulgária e República Tcheca", comemora o cantor e guitarrista andreense Cleber Orsioli, na banda há pouco mais de três anos. Além dele, o Andralls conta com dois músicos de São Paulo: Eddie C. (contrabaixo) e Alexandre Brito (bateria).
segunda-feira, 17 de dezembro de 2012
Arismar do Espírito Santo cheio de ideias e textutas
Como trabalho de arquitetura, as notas musicais são delicadamente encaixadas umas nas outras, sempre acompanhadas por melodias encantadoras. Assim são feitas as músicas de Alegria Nos Dedos (Maritaca, R$ 22 em média), novo disco de estúdio de Arismar do Espírito Santo.
Alegria Nos Dedos chega às prateleiras composto por 15 faixas. Apenas uma delas, Água da Serra, não é instrumental. E é nela que Arismar conta com a participação de sua filha, que ilustra a faixa com arranjos vocais.
Além de Bia, Thiago Espírito Santo, filho de Arismar, também contribui no disco. Ele assume a guitarra na faixa homônima e o contrabaixo em Santos X Corinthians, canção que fecha a obra. "Fazer sons com meus fihos é uma mistura de compositor mais feliz, com pai coruja ou, traduzindo: tem sensações que só o carinho pode explicar", diz o compositor.
Outro convidado do músico é o acordeonista e compositor Dominguinhos. Em Debaixo do Cajueiro, ele faz companhia delicada ao violão de sete cordas do anfitrião e passeia por belas harmonias.
"Esse músico, compositor, improvisador nato e amigo querido é parceiro de estradas e estúdios desde os anos 1980. A pureza e a beleza de suas notas mostram a grandeza de sua alma. Que sorte", diz o músico.
Mistura de jazz com música popular brasileira e pitadas de bossa nova dão tom ao passeio musical. Arismar assume boa parte dos instrumentos em quase todas as canções: guitarra, contrabaixo elétrico e acústico, piano, violão de sete e 12 cordas e bateria. Ele conta que a ideia é harmonizar. Segundo ele, é como se fosse a visão do artesão, uma cabeça pensando no todo, tratando com carinho o que foi concebido, como se fosse uma peça única e orgânica.
Ele conta que a preferência por um instrumento depende de seu estado de espírito. "Cada dia eu estudo um instrumento. Tem dia que toco pandeiro o dia inteiro. Que linda rima", brinca. "Sempre imagino um grupo fazendo um lindo som junto."
Na nova empreitada, Arismar optou por fazer os registros da forma mais natural possível. O disco não foi gravado com o uso de clicks, metrônomos ou marcadores de tempo. Ele conta que a intenção foi de "liberdade de fazer o ‘tempo musical' se apresentar como uma ‘visão'.
Essa opção deu ar de ‘ao vivo' ao trabalho que também é orgânico. "Sou filho da harmonia com o ritmo. Penso que os temas têm a tendência de se enraizarem nas ideias. Crio através da linguagem dos vários instrumentos e, neste sentido, temas e arranjo nascem simultaneamente", afirma.
E se for necessário explicar a receita para o bom resultado da obra, talvez a resposta esteja, sem que ele saiba, nas palavras do próprio Arismar. "Deixar fluir é um bom começo. Olha, é tão prazeroso fazer música, tocar instrumentos, desenvolver ideias, que a fluência se apresenta a cada instante."
Outro convidado do músico é o acordeonista e compositor Dominguinhos. Em Debaixo do Cajueiro, ele faz companhia delicada ao violão de sete cordas do anfitrião e passeia por belas harmonias.
"Esse músico, compositor, improvisador nato e amigo querido é parceiro de estradas e estúdios desde os anos 1980. A pureza e a beleza de suas notas mostram a grandeza de sua alma. Que sorte", diz o músico.
Ele conta que a preferência por um instrumento depende de seu estado de espírito. "Cada dia eu estudo um instrumento. Tem dia que toco pandeiro o dia inteiro. Que linda rima", brinca. "Sempre imagino um grupo fazendo um lindo som junto."
Essa opção deu ar de ‘ao vivo' ao trabalho que também é orgânico. "Sou filho da harmonia com o ritmo. Penso que os temas têm a tendência de se enraizarem nas ideias. Crio através da linguagem dos vários instrumentos e, neste sentido, temas e arranjo nascem simultaneamente", afirma.
E se for necessário explicar a receita para o bom resultado da obra, talvez a resposta esteja, sem que ele saiba, nas palavras do próprio Arismar. "Deixar fluir é um bom começo. Olha, é tão prazeroso fazer música, tocar instrumentos, desenvolver ideias, que a fluência se apresenta a cada instante."
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quinta-feira, 13 de dezembro de 2012
Nightwish - Galeria de Fotos - Credicard Hall - 12/12/2012
O Nightwish voltou à São Paulo, apresentou sua nova vocalista Floor Jansen e fez uma apresentação memorável. Abaixo você pode conferir a nossa galeria de fotos exclusivas deste show.
Fotos: Ronaldo Chavenco
segunda-feira, 10 de dezembro de 2012
Veterano Walter Trout em novo disco
Gravado a toque de caixa - em apenas dua semanas - no estúdio Entourage, em Los Angeles, o disco do veterano músico que já tocou com nomes como John Mayall e Canned Heat chega às prateleiras recheado por 15 composições.
Trout traz à tona o blues clássico, de levada arrastada e pesada, com Saw My Mamma Cryin', composição que abre o álbum. O músico mistura texturas, alternando a sonoridade da guitarra de grave para agudo e aposta também em baladas poderosas, caso de Lonely, faixa que fala do isolamento das pessoas, que trocam relações pessoais por amizades virtuais.
Dono de vozeirão que por muitas vezes se confunde com as frases da guitarra, caso de You Can't Go Home Again - um dos destaques -, o músico aborda temas como sua luta para superar o vício das drogas na autobiográfica Recovery.
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domingo, 9 de dezembro de 2012
Paradise Lost - Galeria de Fotos - Carioca Club - 08/12/2012
O Paradise Lost voltou à São Paulo e fez uma apresentação memorável com o Carioca Club lotado. Abaixo você pode conferir a nossa galeria de fotos exclusivas deste show.
Fotos: Ronaldo Chavenco
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Paradise Lost em São Paulo
quarta-feira, 5 de dezembro de 2012
O incendiário e espetacular The Who
Considerada por muitos uma das bandas de rock mais eletrizantes e barulhentas dos anos 1960 e 1970, o The Who - ativo até hoje - acaba de ganhar resgate de apresentação realizada em 1975.
O DVD The Who Live In Texas ‘75 (ST2 Music, R$ 54,74 em média) traz a banda com sua formação original: Pete Townshend (guitarra e voz), Roger Daltrey (voz) - ambos até hoje no grupo - e Keith Moon (bateria) e John Entwistle (contrabaixo), mortos em 1978 e 2002 respectivamente.
O show, que anteriormente só era encontrado em fitas VHS não-oficiais, agora teve áudio remixado e a imagem restaurada. Quem assina o trabalho de restauro é Jon Astley, amigo e colaborador de longa data do conjunto.
O show faz parte da turnê que divulgou o disco The Who By Numbers, sétimo da discografia dos britânicos e que comemorou os dez anos do quarteto. É dele que saltam para o espetáculo faixas poderosas como Squeeze Box, Dreaming From The Waist e However Much I Booze.
No total, o The Who recheia o show com 25 composições. Petardos como Substitue - que abre o menu musical -, I Can't Explain e Pinball Wizard estão presentes.
Impossível não observar com atenção a química que toma conta do palco e a qualidade musical do quarteto. Não faltam também clássicos como Baba O'Riley, Acid Queen, o hino My Genaration, Magic Bus e Won't Get Fooled Again.
Enquanto Daltrey cativa com sua bela voz, Entwistle esbanja harmonias preciosas no contrabaixo. Moon, modelo para muitos bateristas que vieram depois, espanca a bateria e Townshend faz da guitarra uma extensão de seu corpo.
O DVD The Who Live In Texas ‘75 (ST2 Music, R$ 54,74 em média) traz a banda com sua formação original: Pete Townshend (guitarra e voz), Roger Daltrey (voz) - ambos até hoje no grupo - e Keith Moon (bateria) e John Entwistle (contrabaixo), mortos em 1978 e 2002 respectivamente.
No total, o The Who recheia o show com 25 composições. Petardos como Substitue - que abre o menu musical -, I Can't Explain e Pinball Wizard estão presentes.
domingo, 2 de dezembro de 2012
Stones com músicas novas
A primeira desfila frases poderosas de guitarra e remete aos sons produzidos na metade dos anos 1970. A segunda, com apelo mais pop e levada mais lenta, traz refrão grudento e também a boa e velha receita roqueira do lendário conjunto britânico.
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