terça-feira, 27 de maio de 2014

Gustavo Macacko lança disco

Descendente de família nordestina, capixaba de coração, goiano de nascença e mineiro no registro, o músico e compositor Gustavo Macacko lança o CD Despontando para o Anonimato. Com influências de Belchior, Sérgio Sampaio, Rubem Braga e a escola Arnaldeana como o próprio define, entre o Baptista e o Antunes, Gustavo Macacko traça sua musicalidade e narra seu roteiro "Despontando para o anonimato”. 

O instigante conceito que intitula seu novo trabalho, transita entre uma crítica sobre a atual necessidade de auto promoção social e a força de quem acredita na realização. O músico se pauta nas referências cinematográficas e no misticismo dando sentido imagético a força do número 3. E assim, decidiu lançar seu álbum em 3 trilogias que contariam todo esse processo de mergulho artístico e emocional. Um triângulo de possibilidades pautado em personagens e heterônimos, sentidos imagéticos e crônicas sobre relacionamentos. O lançamento será realizado em 3 etapas: a partir de Maio, cada mês 1 trilogia será lançada na internet, e ao final dos 3 meses, em Julho, o álbum completo com 9 canções, terá sua distribuição física e online.

Trata-de de um álbum com canções que narram as histórias, as vivências  e influências do autor, nesse processo de mudança para o Rio de Janeiro há três anos atrás.  Durante esse período conheceu Shilon Zygiel e o convidou para a produção musical. O álbum foi todo gravado,  no estúdio de Shilon - que é diretor do Circo Voador e tem vasta experiência no mercado musical - em Vargem Pequena no Rio de Janeiro, e traz uma aura de quem pôde se isolar um pouco dos vícios da cidade e mergulhar profundamente nas questões existenciais necessárias pra se alcançar um conceito que dialogue com as músicas.  

Julia Bosco,  artista que vibra uma sensibilidade pulsante, foi convidada para dividir os vocais e representar a força da energia feminina em “Mulher Independente”. E o pernambucano Otto, faz uma participação, na primeira parceria dos dois, chamada “Cada Fernando uma Pessoa”, uma homenagem ao poeta Fernando Pessoa e seus heterônimos.

A banda base foi formada por três músicos capixabas que o acompanham desde os tempos que morava no ES. Caio Metteoro (bateria), Tatiana Mancebo (vozes e escaleta) e Bruno Massa (baixo e voz) o mantiveram muito próximo as suas raízes. Com o entendimento que a junção entre o que estamos nos tornando e de onde viemos é um equilíbrio que traz legitimidade e autenticidade pra obra. Junto aos teclados de Pedro Augusto (Chuck Berry, Lulu Santos, Engenheiros do Hawaii) e as guitarras de Shilon Zygiel o álbum evidencia esse diálogo que é uma das chaves dessa experiência sonora.  Contou também com as participações essenciais de grandes músicos: Pedro Mibielli (Violinos, Viola e Arranjo de Cordas), Pepê Barcellos (Guitarras) , Oswaldo Lessa (Sax), Dudu Santana (Trompete) e Fabrizio Iorio (Melotrom).

O álbum físico será em formato de Bíblia e a pré-venda será através do site Embolacha, com 333 exclusivos exemplares da Bíblia destinados aos fiéis, onde o ouvinte desconstrói sua própria lei e faz seu mergulho interior.

Gustavo Macacko é um artista multifacetado, lançou seu primeiro disco solo em 2010 intitulado "Macaco, Chiquinho e o Cavalo" convergindo música, literatura, cinema, poesia e fotografia. É idealizador do grupo capixaba percussivo autoral Bloco Bleque, e já realizou turnês pela Europa, passando pelo festival de Montreux na Suíça e a Tomada da Bastilha na França. Em parceria com Gabriel Pensador, lançou a música tema do game Fifa Soccer 12 e do Campeonato Brasileiro 2012 no Sportv, chamada “Só tem Jogador”. 
Recém chegado ao Rio de Janeiro, foi idealizador e assina a direção musical e artística do "Nu Jardim dos Encontros e Desencantos", um encontro trimestral que já está indo para a sua oitava edição, com o objetivo de semear parcerias e oxigenar a cena autoral integrando artistas, profissionais da área musical e cultural em um ambiente intimista e promissor.
Seu mais recente projeto junto com Julia Bosco, chama-se “Cabine 103”. Os dois se conheceram e reconheceram quase que imediatamente a força de uma paixão comum: o também capixaba Sérgio Sampaio. O projeto é uma homenagem a esse compositor, que ainda em vida recebeu a controversa alcunha de maldito e saiu de cena cedo, aos 47 anos, deixando por aí muito misticismo em torno de sua vida, obra e morte.

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