sábado, 30 de janeiro de 2010

Mais Metallica


O show do Metallica acontece hoje em São Paulo. Como forma de aquecimento, o Pilha na Vitrola elaborou um pequeno especial sobre três álbuns da banda.

A escolha procurou contemplar os diversos momentos que o grupo passou em sua carreira e a importância que estes trabalhos tiveram na história do Metallica.



Auge criativo

Soam os primeiros acordes de Blackened. A banda teria chegado ao limite de sua agressividade? Depois de Master of Puppets, que fortaleceu o nome da banda na Europa, quando participou de diversos festivais, a expectativa era grande pelo novo trabalho.

A estreia de Jason Newsted no grupo por ironia marcou justamente o álbum com menos linhas de baixo da banda... Newsted que entrara no lugar de Cliff Burton, morto em 1986 em um acidente de ônibus, não reclamou por ter aparecido pouco.

Mas tratando diretamente do álbum, temos uma banda soando pesada e progressiva. Músicas longas, solos trabalhados e boas quebradas. Só que tudo com uma produção simples, feita pelos próprios integrantes com o auxílio de Flemming Rasmussen.

Entre as grandes músicas que constam na bolacha vale destacar a faixa título, um tema épico de quase 10 minutos e One, que pode ser considerado o primeiro grande hit do Metallica.

...And Justice For All pode ser considerado o auge criativo da banda. O momento em que as ideias e o poder de fogo estavam equilibrados e funcionando muito bem.



A vitoriosa transição

O Metallica chegou aos anos 1990 como uma das principais bandas de metal do mundo. Ao lado do Iron Maiden, o grupo estava no topo das paradas e tinha a tarefa de gravar um sucessor a altura de ...And Justice For All, um petardo, com um lado mais progressivo, mas igualmente pesado.

Metallica ou o Black Album, chegou às lojas em 1991 e de cara deu um choque nos fãs. O peso continuava, mas a banda mostrava que nos próximos anos iria apostar em algo diferente, mais voltado ao hard rock e até mesmo ao rock tradicional.

Outro ponto que chama a atenção no disco é a presença maior do baixista Jason Newsted, que de certa forma acabou sacrificado no trabalho anterior. Além disso, a chegada do produtor Bob Rock tranrsformaria para sempre o som do grupo. O grande ponto do álbum é que foi a primeira vez que a banda pensou em músicas que poderiam virar singles. É o caso de Nothing Else Matters e The Unforgiven.

Além das clássicas Enter Sandman e Sad But True, vale destacar Wherever I May Roam e Hollier Than Thou, que podem pintar nos shows de São Paulo.


O renascimento

Quando se falava do Metallica no começo da década passada, quase sempre a referência era algum clipe na MTV, alguma terapia em grupo, alguma promessa de volta às raízes...

Depois de protagonizarem um dos maiores fiascos, com o lançamento de St. Anger, a banda percebeu que era de hora de salvar o que restava da sua reputação e mostrar que ainda poderia mostrar poder de fogo.

Death Magnetic foi gestado entre 2006 e 2009 e pode ser considerado o primeiro álbum da atual formação, com Rob Trujillo no baixo. As composições podem ser consideradas como estando entre o Justice e o Black. Flertes com rock tradicional, com a velha pegada.

Entre as pedradas vale destacar That Was Just Your Life, The End of the Line e Cyanide. Muito peso e bons vocais. Uma banda em fúria, o que sempre se esperava do Metallica.

Os shows de São Paulo terão boa parte dessas músicas e por isso serve como uma ligação entre aqueles que viram a banda nos anos 1980, nos anos 1990 e perderam a oportunidade de ver em 2004, quando os shows foram cancelados em cima da hora.

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