domingo, 31 de janeiro de 2010

Metallica pra valer!

Vinícius Castelli

O estádio do Morumbi foi tomado aos poucos por pessoas de várias partes durante a tarde de sábado (30). Era possível notar a mistura. Paulistanos, paulistas, mineiros, catarinenses, argentinos, gente de todas as partes com um mesmo objetivo. Assistir ao show de uma das bandas mais poderosas do planeta.

O Metallica chegou ao Brasil pela quarta vez para presentear os fãs com canções de seu novo álbum, Death Magnetic.

Bastou a noite começar a cair, e o quarteto brasileiro Sepultura subiu ao palco para iniciar a maratona sonora. O quarteto hoje liderado pelo guitarrista Andreas Kisser trabalhou músicas de A-Lex, mais recente trabalho da banda. Mas a energia era vista mesmo durante clássicos da fase Cavalera como em Inner Self, Arise e Roots Bloody Roots.

Às 21h40, diante de um céu estrelado com lua cheia, e sem sinal algum de chuva, as luzes se apagaram todas, e então a introdução The Ecstasy of gold, de Ennio Morricone, anunciou que era chegada a hora. James Hetfield, Lars Ulrich, Kirk Hammet e Robert Trujillo subiram ao palco.

Ansiosos pelos primeiros acordes, os cerca de 68 mil espectadores foram presenteados com Creeping Death e For whom the bell tolls, ambas do álbum Ride the Lightning, de 1984.
A sequência escolhida a dedo foi The Four Horsemen, canção de Kill´em All, álbum de estréia do quarteto, seguida de Harvester of Sorrow.

Na platéia, alguns que assistiam ao Metallica pela primeira vez eram tomados por tamanha energia, outros, mal conseguiam piscar os olhos, fascinados diante de tamanho espetáculo.

Aquilo que era impossível imaginar há alguns anos  ontem foi visto acontecendo com naturalidade, James Hetfield e Lars Ulrich, lado a lado, trocando energia e sorrrindo como fazem bons companheiros.

Kirk Hammet é um monstro na guitarra. Simpático, o mais velho dos quatro músicos esbanjava os tão conhecidos solos com delicadeza, como na belíssima Fade to Black. Trujillo comandou seu baixo pulando o tempo todo, como se aquilo tudo fosse apenas uma boa brincadeira.

Das novas, That was just your life emendada por The day that never comes não deixaram dúvidas do novo poder de fogo dos rapazes. Sad But True foi dedicada ao Sepultura. Outra nova poderosa, Broken, beat & Scarred, dedicada ao público presente, deu sequência ao set list.

Hetfield perguntava incansávelmente ao público, se as pessoas estavam sentindo a mesma coisa que a banda, sobre a energia que a música exalava naquela noite.

O estádio foi tomado por explosões de fogos de artifícios e fogo que saia dos lança-chamas. Era o anúncio de One, um dos maiores clássicos do Metallica.

Master of Puppets foi cantada em uníssono. Blackened, do álbum And Justice for All, mostrou que Lars Ulrich é sim um dos maiores bateristas de todos os tempos.

Com clima intimísta, Hetfield dedilhou os acordes de Nothing Else Matters sentado em um banquinho, cantada em coro por todos os presentes. Enter Sandman colocou o lugar abaixo, não deixando dúvidas sobre a importância do famoso álbum preto na história da banda.

Já no bis, o Metallica homenageou um grupo que faz parte de sua bagagem musical, com sua versão para Stone Cold Crazy do Queen.
O 'Grand Finale' se deu com Motorbreath e Seek and destroy, ambas de Kill´em All.

Hetfiled não cansou de dizer que o Metallica ama o Brasil. Eles ficaram ainda no palco por alguns bons minutos jogando palhetas e brincando com a platéia. Todos os músicos foram ao microfone agradecer pela noite.
Foram duas horas de clássicos executados com perfeição, energia e muita simpatia em noite memorável.
Nós é que agradecemos!

Set list do show de sábado:
Creeping Death
For Whom the Bell Tolls
The Four Horsemen
Harvester of Sorrow
Fade to Black
That Was Just Your Life
The End of The Line
The Day That Never Comes
Sad But True
Broken, Beat & Scarred
One
Master of Puppets
Blackened
Nothing Else Matters
Enter Sandman
bis
Stone Cold Crazy (cover do Queen)
Motorbreath
Seek and Destroy

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