terça-feira, 29 de novembro de 2011
Madame Saatan brazuca e poderoso
Se dedicação é a alma do negócio, então tem de se tirar o chapéu aos competentes músicos paraenses - há algum tempo em São Paulo - do Madame Saatan. O quarteto tira do bolso 'Peixe Homem' (Doutromundo Música, R$ 19 em média), seu segundo álbum.
Regida pela poderosa e grave voz da bela Sammliz, a banda continua investindo pesado no heavy metal com 'riffs' de guitarra atraentes e canções fumegantes, tudo lapidado por ótimos e cuidadosos arranjos.
Há oito anos quebrando pedra pelas capitais do Brasil e encarando não só os festivais independentes, mas shows em pequenas cidades, o grupo - que além de Sammliz conta com o contrabaixista Ícaro Suzuki, o baterista Ivan Vanzar e o guitarrista Ed Guerreiro - mostra que a estrada o fez amadurecer desde o álbum de estreia, Madame Saatan, lançado em 2007, e vai muito bem, obrigado.
Produzido por Paulo Anhaia, 'Peixe Homem' oferece farto e saboroso cardápio musical - são 12 as músicas que o recheiam. A guitarra é pesada e coesa já nos primeiros segundos do disco, na composição 'Respira', faixa que ganhou clipe dirigido por P.R. Brown e fotografado por Jaron Presant, que já assinaram trabalhos do grupo norte-americano Slipknot.
Cadenciada, 'Até o Fim' continua a pesada e empolgante viagem do quarteto. Assim como 'Sonâmbula', 'Sete Dias' é música feita para o palco, daquelas que não deixam ninguém parado. Samm - que assina todas as letras - passeia por diversos temas, ora com pitadas regionais.
As canções fantasiam vida, morte, fim do mundo e amor de forma inteligente e poética, "Esqueça o fundo que te aguarda/ao deixar a tua velha margem/Destino é o mergulho no tempo que existe pra mudar". 'Peixe Homem' não deve nada a ninguém. É rock brasileiro, dos bons, fervendo e cheio de energia.
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