quinta-feira, 11 de abril de 2013

David Bowie em forma



Quando o assunto é música, tem certas coisas que são atemporais, ultrapassam barreiras e estão acima de gênero e geração. David Bowie resolveu finalmente dar o ar da graça. E, se tem algo que lhe fez bem, apesar da difícil espera por parte dos apreciadores de seu trabalho, foi o tempo. 


Após uma década sem trabalho novo, o camaleão do rock volta inspirado, cheio de artimanhas e traz álbum de inéditas repleto de surpresas positivas. The Next Day (Sony Music, R$ 29,90 em media) chega para os ouvintes com 17 composições, sendo três delas bônus.
Enquanto preparava o disco, nenhum sinal foi dado pois Bowie fez tudo às escondidas. A fumaça de que algo novo seria possível só se deu com o lançamento do single Where Are We Now?, lançado em 8 de janeiro, quando completou 66 anos.

Gravado em Nova York, The Next Day, 24º trabalho de sua vasta discografia, tem produção de Tony Visconti que, diga-se de passagem, realizou excelente trabalho, e promove resgate das raízes de Bowie.

Quando a expectativa é grande, a decepção pode ser maior ainda. Mas The Next Day passa longe, muito longe disso. O disco mergulha na década de 1970, a começar pela capa ideia assinada pelo designer gráfico Jonathan Barnbrook , uma reprodução da arte do icônico disco Heroes, de 1977, só que agora com um selo branco com o nome do novo trabalho por cima da foto original.

Mas não é só isso. A sonoridade é o que mais remete à década áurea do cantor britânico e chega a lembrar trabalhos como Low, de 1977. Mas tudo isso acontece sem soar nem um pouco datado. Bowie consegue buscar a essência do que realizou e traz para os dias de hoje, com sonoridade atual.

ROCK EM ESSÊNCIA
David Bowie versão 2013 é rock em essência e excelência, no melhor estilo do cantor. Para comprovar isso basta escutar a faixa The Stars (Are Out Tonight), segundo single do disco.

Com refrão digno de tornar a canção um clássico no repertório das apresentações caso ele as faça , Id Rather Be High é outra que embala a pegada roqueira e marca presença de destaque na obra.

Bowie não se promove com rock apenas na nova empreitada. Ele vai muito além e traz ao cancioneiro respiro e calmaria em composições delicadas e muito b e m arranjadas como Heat, em que coloca seu vozeirão em pano de fundo criado por acordes de violão.

Where Are We Now? traz diversos instrumentos, todos bem empregados, consequência de décadas de experiência. Arrastada, Dirty Boys é outra canção versátil. Rodeada por instrumentos de sopro, tem sonoridade jazz.

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