Após uma hora de atraso, havia uma dúvida na cabeça de todos que estavam na enorme fila que dava a volta no quarteirão do Santana Hall, em São Paulo, no último sábado (10).
"Será que terá show?".
"Será que terá show?".
Afinal de contas, a apresentação do W.A.S.P marcada para a noite anterior em Curitiba havia sido cancelada em cima da hora por motivos até agora desconhecidos.
Mas nem mesmo o frio, todo o atraso e o cansaço pela longa espera fizeram com que o público movesse os pés dali.
O show do grupo norte-americano marcado para às 18h30 finalmente teve início às 20h30.
A lendária banda de rock nascida nos anos 1980 fez com que o público tirasse os apetrechos roqueiros do armário para participar da apresentação. Camisetas do W.A.S.P, cintos de rebite, cabelos com penteados dos mais diversos, calças de onçinha e tudo mais o que os fãs tinham direito podiam ser vistos na platéia.
Com casa lotada, a canção que abriu o espetáculo foi On Your Knees, do primeiro álbum do grupo.
Impecável, a regulagem do som fez com que tudo soasse perfeito.
Único da formação original do grupo, o vocalista e guitarrista Blackie Lawless, acompanhado por Mike Duda (baixo), Mike Dupke (bateria) e Doug Blair (guitarra), comandou então sua versão para a canção Real Me, originalmente gravada pelo The Who.
Com banda para lá de entrosada, Lawless deu início a outro clássico. L.O.V.E Machine quase colocou o lugar abaixo.
A turnê serviu para divulgar também Babylon, mais novo disco do grupo. Crazy, canção que abre o novo trabalho tem refrão pegajoso, e foi cantada por boa parte dos presentes.
As canções de Babylon seguem a boa cartilha de Lawless. Vocais poderosos, guitarra pesada e cozinha coesa. Babylon´s Burning veio em seguida.
As canções de Babylon seguem a boa cartilha de Lawless. Vocais poderosos, guitarra pesada e cozinha coesa. Babylon´s Burning veio em seguida.
Wild Child, tema de abertura de The Last Command, um dos discos mais conhecidos do W.A.S.P, foi o ponto alto do show. O refrão "I'm a wild child, come and love me/I want you, My heart's in exile I need you to touch me, foi cantado em uníssono.
Hellion, outra do álbum de estréia também agradou a todos. Figurão, Lawless pouco falou com o público, andava de um lado ao outro do palco, sempre gesticulando algo.
O W.A.S.P é conhecido também como o grupo que faz regravações impecáveis de bandas que serviram como bagagem musical.
I Don´t Need no Doctor, música que virou hit com Ray Charles em 1966, ganhou versão pesada ainda nos anos 1970 com o grupo Humble Pie. A canção, impecável através da voz de Lawless, também fez parte do set list.
Com a trinca Chainsaw Charlie (Murders in the new Morgue), a belísisma The Idol e I Wanna be Somebody, a banda fechou o set list da noite.
Ainda houve tempo pra o bis. Com o grupo de volta ao palco, os músicos assinaram Heavens Hung in Black e fecharam com a clássica Blind in Texas.
Aos 54 anos, mais de 20 no mundo musical, Blackie Lawless ainda possui vozeirão, tem boa performance e faz show na medida certa. Além é claro, de produzir ótimos discos.
No fim, todos cansados, mas felizes. Sorte de quem conseguiu assistir!
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