segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Frampton esbanja simpatia em São Paulo

Vinícius Castelli

São Paulo recebeu na útlima sexta-feira (17), a ilustre presença do cantor, guitarrista e compositor Peter Frampton, no palco da Via Funchal. A apresentação divulgou o excelente e recém-lançado disco Thank You Mr. Churchill.

O homem dos cabelos encaracolados e do rosto que ficou tão conhecido na capa do álbum Frampton Comes Alive, lançado em 1976, hoje carrega 60 anos nas costas, e alguns poucos cabelos brancos.
Só isso? Não, claro que não!

Mostra que o tempo só lhe fez bem. Dono se simpatia ímpar, o humilde músico fez da guitarra o que bem quis e deu aos fãs um belo show.

Acompanhado pelo baixista e velho amigo John Regan (ex-Ace Frehley), pelo tecladista, guitarrrista e vocalista Rob Arthur, pelo excelente guitarrista Adam Lester e pelo baterista Dan Wojciechowski, Frampton deu aos presentes não só um mergulho em seus hits mais roqueiros, mas surpreendeu também com delicadeza de mestre.

Com sorriso estampado no rosto, Frampton começou a apresentação com Four Day Creep, de sua antiga banda Humble Pie.
Empunhando sua guitarra Gibson Les Paul preta, o músico tirou do bolso It's A Plain Shame. E essa só serviu para esquentar o que estava por vir na sequência: O clássico Show Me The Way, cantada em uníssono, foi um mergulho no tempo.

Simpático, Frampton agradeceu pela noite, fez alguns improvisos, iníciou a belíssima Lines On My Face e a empolgação se fez presente. Durante o solo, o guitarrista fechou os olhos, pisou no pedal wah-wah e quase tirou fogo da guitarra.

Vale ressaltar também a ótima qualidade do som da casa. Era possível escutar a todos os instrumentos.

Para apresentar o novo álbum, o músico empunhando uma cópia em vinil e perguntou quem já tinha. Do álbum veio para os amplificadores a composição Restraint.

Esbanjando delicadeza durante os improvisos, o guitarrista tirou dos dedos notas belas e harmoniosas. Na nova Vaudeville Nanna and the Banjolele - canção que relembra o episódio em que ganhou um banjo de sua avó -, Frampton até arranhou umas notas do banjo antes de começá-la.

Com banda para lá de afiada, Frampton surpreendeu os desavisados trazendo uma versão instrumental para Black Hole Sun, originalmente gravada pelo Soundgarden. A canção até ganhou arranjos feitos pelo famoso Talk Box do músico - efeito ligado a um pedal que simula voz ao instrumento.

Como não bastasse, ainda havia espaço para mais. Cantada por todos, Baby I Love Your Way foi um dos grandes destaques da apresentação. Já Do You Feel Like We Do foi como um caldeirão de improvisos enquanto os atentos olhavam sem nem sequer piscar.

Os músicos se despediram, agradeceram e deixaram o palco satisfeitos. Mas para quem estava na platéia ainda faltava algo. Veio então seu petardo: Breaking all The Rules e seu riff poderoso.

Sim, agora já estava bom, mas Frampton foi generoso e fechou a noite com a pérola While My Guitar Gently Weeps, escrita e cantada por George Harrison para o disco White Album, dos Beatles.

Peter Frampton mostrou o que todos os que o acompanham já sabiam: Seu talento é indiscutível, assim como sua simpatia. E sem sombra de dúvidas, ele ainda é apaixonado pelo que faz. E muito.

Fotos: Ronaldo Chavenco

Um comentário:

  1. E AI VINI BELEZA???

    BACANA SUA MATÉRIA.
    TENHO UMBLOG, SE PUDER DIVULGUE ELE OU COMPARTILHE, POIS VOU COMPARTILHAR O SEU OK?

    ABRAÇOS
    MARQUINHO BATERA

    BLOG: marcorocker.blogspot.com

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