Se nos muros de Londres encontrava-se facilmente a pichação que dizia "Clapton é deus", hoje a opinião dos veículos especializados e dos músicos não é muito diferente. Considerado um dos mais importantes guitarristas de todos os tempos, Eric Clapton ganha rica biografia. E uma palheta de guitarra exclusiva vem como brinde.
O exemplo do muro pichado serve de abertura para 'Clapton - A História Ilustrada Definitiva' (Editora Lafonte, 256 págs, R$ 120 em média). A obra é assinada por Chris Welch, figura que em seu primeiro emprego, em 1964, no jornal semanal britânico 'Melody Maker', recebeu a seguinte ordem: "Consiga uma matéria ou tchau." A meta era encontrar e falar com o The Yardbirds, banda a qual pertencia o então jovem Eric Clapton.
Welch foi um dos poucos que assistiram a vários momentos da carreira do lendário guitarrista, a exemplo do primeiro ensaio do Cream - trio de rock que contava também com Ginger Baker e Jack Bruce - e diversas apresentações da banda que revolucionou o cenário.
Toda a história do extraordinário músico, do pai que perdeu o filho Conor, de 4 anos - a criança caiu do 53º andar de um prédio residencial, em Nova York - está dividida em 11 capítulos.
Sua notável carreira é ilustrada com reproduções de ingressos de shows recentes e embrionários. Fotos em preto e branco e coloridas, como a que tirou em ação, ao lado da lenda do blues Buddy Guy, em 1969, deixam as páginas ainda mais interessantes.
Imagens de Clapton ao lado de B.B King, e não apenas as da época em que gravaram juntos o disco 'Riding with the King', em 2000, mas de tempos em que ambos abriam e escreviam os caminhos do mundo da música também fazem parte do repertório da obra.
O melhor momento do livro fica por conta das páginas que revelam os tempos junto ao Cream e também ao Blind Faith - banda de apenas um disco de estúdio que teve junto de Steve Winwood, Rick Grech e Ginger Baker -, sempre ao lado de reproduções de pôsteres de turnê.
"A última coisa que Clapton queria era outro Cream. Ele queria tocar de forma mais descontraída, mais discreta, com menos ênfase no papel de herói da guitarra. Também queria músicos com atitude menos combativa."
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