sábado, 15 de maio de 2010

Elegância, sensibilidade e boa música

Certos artistas dispensam maiores apresentações. Roger Hodgson é um deles. Mesmo que sua carreira-solo não tenha tantos álbuns e sucessos, seu trabalho no Supetramp até hoje faz sucesso, onde foi o principal compositor e intérprete de canções inesquecíveis, que venderam mais de 60 milhões de discos.

Na última sexta-feira, Roger fez show no Via Funchal, em São Paulo, e veio ‘plugado’, já que na última passagem por aqui, em 2008, o cantor estava divulgando o DVD Take Long Way Home, que é semi-acústico.

A apresentação começou pouco depois das 22 horas e teve bom público, mesmo com ingressos um pouco salgados (entre R$ 150 e R$ 350) e que aconteceu em um mês com outras atrações internacionais como Chuck Berry, Johnny Winter e ZZ Top.

Para ganhar o público, Hodgson abriu o show com Take The Long Way Home, música que está no clássico Breakfast in America e que efetivamente levantou os presentes. Na seqüência, o vocalista apresentou sua nova banda, ressaltou a felicidade de tocar no Brasil e emendou Give a Little Bit, pedindo ao público inclusive que aproveitasse o momento para abraçar quem estivesse ao lado, cantasse ou até chorasse.

Aproveitando o momento mais tranqüilo, Roger trouxe Hide in Your Shell e Lovers in The Wind, do seu primeiro álbum solo, com interpretações emocionais e praticamente idênticas às originais.

Prosseguindo o desfile de canções delicadas e muito bem executadas por sua excelente banda, o artista tocou outra boa seqüência com A Soapbox Opera, Easy Does It, Sister Moonshine e Lady, todas do álbum Crisis? What Crisis?, que o Supertramp lançou em 1975.

Passando da metade do show, chegou a hora de ouvir aquilo que todos pediam e estavam ali para ouvir. Hodgon habilmente intercalou músicas de sua carreira-solo com sucessos do Supertramp. Primeiro foi Breakfast in America, seguida por Along Came Mary, The Logical Song, Only Because of You, Lord is It Mine e a inédita The Awakening, que deve constar em um futuro novo trabalho do artista.

Neste ponto do show, aliás, é importante ressaltar o que o vocalista afirmou. “Quanto mais velho fico, mas sinto a importância de perdoar”. Seria uma referência às farpas trocadas com o antigo parceiro Rick Davies, desde a separação nos anos 80?

Filosofias à parte, Roger finalizou a primeira parte do show com Don’t Leave Me Now, de sua carreira-solo, Dreamer e a elaborada e forte Fool’s Overture.

Entre uma música e outra, o artista ganhou flores e até uma camisa de time de futebol, que suspeito ser do XV de Piracicaba (!?).

Ao final, com o público gritando bastante, o bis teve School, pedida durante boa parte da apresentação e encerrou com It’s Raining Again, ambas novamente fiéis às versões de estúdio, que fecharam a apresentação de maneira soberba, deixando em todos a vontade de que Roger venha mais vezes para cá.

Fotos: Stephan Solon

Set-List

01- Take The Long Way Home
02- Give A Little Bit
03- Hide In Your Shell
04- Lovers In The Wind
05- A Soapbox Opera
06- Easy Does It
07- Sister Moonshine
08- Lady
09- Breakfast In America
10- Along Came Mary
11- The Logical Song
12- Only Because Of You
13- Lord Is It Mine
14- The Awakening
15- Don't Leave Me Now
16- Dreamer
17- Fool's Overture

Encore

18- School
19- It's Raining Again

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