segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Bad Company e o rock em essência


Se alguém um dia achou que nunca mais fosse ouvir falar da banda britânica Bad Company – junto de seu grande idealizador, o vocalista Paul Rodgers –, enganou-se. Apresentações com ingressos esgotados, set list de dar água na boca e shows certeiros e repletos de energia. A mágica está de volta e foi muito bem registrada durante show realizado em Wembley, Londres, ano passado.

Com lançamento em CD e DVD, Bad Co – Live at Wembley, (ST2, R$ 20 e R35 em média respectivamente) apresenta Rodgers ao lado dos outros dois músicos remanescentes da formação original, o baterista Simon Kirke e o guitarrista Mick Ralphs. Para o lugar do baixista Boz Burrel, morto em 2006, o grupo chamou Lynn Sorensen, além de Howard Leese para a segunda guitarra.

O visual ‘hippie’ e os cabelos compridos de outrora deram lugar a roupas comportadas e cabelos grisalhos, à exceção de Rodgers. O que mais mudou? Só se for para melhor. Se a banda soava brilhante no passado, soa melhor ainda nos dias de hoje. As canções nada envelheceram, parecem, aliás, que acabaram de sair do forno. A guitarra de Ralphs – de timbre ardido – anuncia o clássico Can’t Get Enough. Basta escutar alguns segundos da composição Seagull para perceber que diferentemente da maioria de seus contemporâneos, Rodgers continua com voz cristalina e vigorosa.

Entre as velhas conhecidas estão Honey Child, Run With The Pack – faixa que leva nome
do disco de 1976 – e Young Blood. A boa e velha pegada de blues dá brilho aos solos de Ralphs e Leese.
Mas isso é aperitivo para quem tem no cardápio canções como Shooting Star e Feel Like Makin’ Love – uma das mais famosas já escritas pelo grupo. Para homenagear o ex-baixista, a banda pincelou Gone Gone Gone, música escrita por Burrel para o disco Desolation Angels. O belo arranjo de cordas anuncia a belíssima e imperdível Feel Like Makin Love, um dos grandes momentos da apresentação.

Para o ‘grand finale’ o tesouro do Bad Company. A canção que leva o nome da banda, lançada no álbum de estréia – sempre tocada pelo vocalista na carreira solo e em vários shows que fez enquanto cantou no Queen – é de emocionar desde a introdução de piano ao último suspiro. O DVD traz nos extras entrevistas com a banda, além de uma faixa a mais do que o CD, a canção Burnin’ Sky. É emocionante, sem dúvida, poder ver que após tanto tempo três medalhões do rock continuam em plena forma, evaporando energia e exalando paixão pela música.

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