terça-feira, 27 de setembro de 2011

Rock In Rio para todos os gostos


O Rock In Rio, um dos maiores nomes quando o assunto é festival musical, está na sua quarta edição nacional e divide opiniões. Sucesso de público - 100 mil pessoas para cada um dos três primeiros dias segundo a organização -, o festival, que já foi exportado para Espanha e Portugal, é representado por nomes de peso e gera conflito de opiniões entre fãs de várias vertentes do gênero.

E, sim, dá para entender o descontentamento de boa parte das pessoas quando se depara com apresentação da cantora de axé Claudia Leitte em festival que deveria ter o rock como carro-chefe. Mas não estou aqui para criticar a cantora. Só acho que ela estava no lugar errado.

Agora, vale lembrar que o Rock In Rio nunca foi exclusivamente um festival de rock, apesar do nome. Em 1985, a edição lembrada carinhosamente por muitos como a melhor até hoje, trazia medalhões como Ozzy Osbourne, Scorpions, AC/DC, Iron Maiden e Whitesnake no auge da carreira. Mas não podemos esquecer que o espetáculo já teve em seu cast nomes como Ivan Lins - na primeira edição -, George Michael e New Kids On The Block - na segunda -, e até a dupla Sandy e Junior - para a terceira. Então o que é que mudou de lá para cá? Não muito.

A edição 2011 do festival ganhou aparatos grandiosos como tirolesa que passa por cima do público e até roda-gigante. Exagero? Não! Se a atração que tiver no palco não for do agrado, como foi a apresentação da banda brasileira Glória - exceto pelo seu excelente baterista - com suas péssimas letras, basta cair na farra em algum dos brinquedos, relaxar a cabeça e esperar pela próxima atração.

Talvez o que mais importe em um festival como esse, é que as luzes mais uma vez reflitam o nome do Brasil, dando assim mais possibilidade para que o público brasileiro veja outras bandas legais no futuro.
Independentemente das bolas-fora da primeira etapa dessa edição, como a nada empolgante apresentação do grupo brasileiro Angra - que contou com a participação de Tarja Turunen, ex-vocalista do Nightwish -, o Rock In Rio 2011 já teve bons momentos, como o animado show da bela cantora Katy Perry ou as loucuras do vocalista Mike Patton e o Mondo Cane ao lado da orquestra de Heliópolis.

Agora, que o rock, apesar de não ser 100% do festival, foi muito bem representado até agora por figuras como Lemmy e seu Motörhead, emplacando clássicos como 'Overkill', 'Metropolis', 'Killed By Death' e a canção 'Going To Brazil', feita em nossa homenagem, isso foi. O Sepultura também não decepcionou, inovou e trouxe ao palco o grupo francês Tambores do Bronx com suas enormes percussões.

Os californianos do Red Hot Chili Pepers representaram com muita raça em apresentação poderosa. O Slipknot trouxe sua pancadaria misturada com seu circo do inferno. E, é claro, o poderoso Metallica, motivo de muitas das visitas ao Rio de Janeiro, glorificou o primeiro fim de semana do festival. Música não tem limites nem fronteiras, o que vale é aproveitar.

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