Há 40 anos, Ozzy Osbourne, Tony Iommi, Geezer Butler e Bill Ward foram ao Regent Sound Studios, em Londres, e gravaram em apenas dois dias, aquele se tornou um dos discos mais importantes da história do rock.
Paranoid, segundo álbum do grupo britânico Black Sabbath, ganha documentário pela Classic Albums – série intimista que explora a produção de discos que se tornaram clássicos.
O DVD Paranoid – Classic Albums (ST2 Records, R$ 26 em média) transporta o telespectador ao ano de 1970, e nele, os músicos discutem toda a trajetória da gravação.
Divisor de águas na vida da banda, Paranoid foi gravado com dinheiro contado e sob pressão de tempo. Sem quaisquer recursos sonoros, o Black Sabbath contou com a produção do talentoso Roger Bain no disco.
O documentário traz, além de entrevistas exclusivas com os quatro músicos, cenas raras de arquivo.
O guitarrista Tony Iommi, o baterista Bill Ward – hoje com cabelos grisalhos – e o baixista Gezzer Butler fazem algumas demonstrações de canções que listam no disco.
War Pigs, música que abre o petardo sonoro, era a sugestão de título para o álbum, mas assim que os executivos da gravadora escutaram a canção Paranoid, o nome foi vetado, e o disco batizado de Paranoid.
A canção que leva o nome do álbum foi, aliás, criada às pressas. A banda já havia finalizado as gravações, o disco estava sendo mixado quando o produtor Roger Bain avisou aos músicos que precisaria de mais tempo de música para preencher o álbum.
E, em apenas 20 minutos, como em um passe de mágica, estava composta Paranoid.
Antológico, o disco foi recheado com canções que se tornaram clássicos. Iron Man, War Pigs e Faries Wear Boots abriram várias portas para o grupo. Paranoid levou o grupo ao programa Top of the Pops e, em um instante, os desconhecidos garotos de Aston ganharam o mundo.
Os segredos de Paranoid estão servidos, é só degustar.
Coluna publicada hoje no caderno de Cultura do Diário do Grande ABC.
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