segunda-feira, 28 de março de 2011

Iron Maiden conquista capital paulista

A capital paulista recebeu na noite de sábado a apresentação de um dos nomes mais importantes do heavy metal. A lendária banda Iron Maiden presenteou os 50 mil fãs que compareceram ao Estádio do Morumbi com a turnê The Final Frontier World Tour. O show, que teve como banda de abertura o Cavalera Conspiracy - que conta com os irmãos e ex-Sepultura Max e Iggor Cavalera -, marcou a nona visita dos britânicos ao País.

 
Liderado pelo carismático vocalista Bruce Dickinson, o grupo pincelou durante duas horas canções de The Final Frontier, mais recente disco e 15° da carreira, e também voltou no tempo e trouxe clássicos dos 30 anos de estrada.
O público, que se misturou entre homens, mulheres e crianças, pôde ver a banda em ótima forma. Às 21h, as luzes se apagaram e o estádio se voltou aos telões, ilustrados pelas imagens de abertura repletas de explosões, enquanto o som foi tomado pela introdução de Satellite 15.

O palco da turnê veio completo, com luzes ao fundo que formavam um universo estrelado, além de um satélite que ilustra a arte do novo álbum e pedaços de nave soltos pelo palco. Os veteranos subiram ao palco evaporando energia de imediato e tiraram do bolso a pesada El Dorado. Dickinson enlouqueceu a plateia logo de imediato com os clássicos gritos "Scream for me, Brazil" (Grite para mim, Brasil, em português). Na sequência, uma das canções mais importantes da banda: 2 Minutes to Midnight, do álbum Powerslave, de 1984.

Dickinson saudou o público e brincou: "Ninguém teve este show que estamos tocando para vocês. Sei que vocês vão à igreja amanhã, mas vamos deixá-los acordados por um tempo". A banda baixou o tom pesado e a nova e belíssima Coming Home tomou conta do lugar, provando que o vozeirão de Dickinson continua poderoso, enquanto o baixista Steve Harris esboçava harmonias preciosas.

Mas o público queria mesmo outro clássico. Com um salto, o vocalista explodiu por de trás do palco vestindo roupa de soldado e empunhando a bandeira da Inglaterra enquanto as guitarras anunciavam The Trooper, para o delírio dos fãs.
Dickinson dedicou a música Blood Brothers ao Japão. "Estávamos indo ao Japão quando aconteceu o terremoto. Vinte mil fãs ficaram sem o show. Não importa sua religião, se você é homem ou mulher, se você é branco, negro. Se você é fã do Iron Maiden, somos todos irmãos de sangue", afirmou.

When The Wild Wind Blows, também do disco mais recente, veio em seguida.Trouxe belo refrão e mostrou que a trinca de guitarras formada por Dave Murray, Adrian Smith e Janick Gers também foi ponto alto no espetáculo. O baterista Nicko McBrian também merece destaque ao apresentar novos arranjos para antigas canções.

E então vieram mais clássicos. The Evil That Men Do - que trouxe o mascote Eddie ao palco -, Fear of The Dark e Iron Maiden, que teve no palco a presença de outro Eddie. Enorme, o personagem símbolo apareceu por detrás da bateria e tomou conta do palco.

Para o bis, reservaram espaço para três outras canções importantes da década de 1980. A música que projetou o grupo ao mundo, The Number of The Beast, foi anunciada e colocou o lugar abaixo. Com maestria, ainda tocaram Hallowed Be Thy Name e encerraram com Running Free.

Por um instante, tanto para quem estava no palco, como para os que estavam com os olhos, ouvidos e corações voltados para ele, o mundo parou e só aquela noite de festa importou.
Fotos: Ronaldo Chavenco


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