Vinícius Castelli
O teatro do horror marcou presença em grande estilo na noite de quinta (02) na capital paulista. Lenda viva do rock, o vocalista e compositor Alice Cooper se apresentou no Credicard Hall diante de cerca de 5 mil pessoas. Em sua quarta visita ao País - a primeira foi em 1974 - o músico trouxe a turnê batizada "No More Mr.Nice Guy Tour" e mergulhou nos primórdios da carreira.
O teatro do horror marcou presença em grande estilo na noite de quinta (02) na capital paulista. Lenda viva do rock, o vocalista e compositor Alice Cooper se apresentou no Credicard Hall diante de cerca de 5 mil pessoas. Em sua quarta visita ao País - a primeira foi em 1974 - o músico trouxe a turnê batizada "No More Mr.Nice Guy Tour" e mergulhou nos primórdios da carreira.
Às 22h as luzes se apagaram e a introdução de 'The Black Widow" tomou conta do local. O pano - pintado com o rosto de Alice - que cobria toda a frente do palco caiu e o vocalista, vestido de aranha e com sua clássica maquiagem, deu o ar da graça. Da fase mais recente da carreira, "Brutal Planet" veio em seguida, calcada em timbres pesados.
O público misturado por sessentões e adolescentes de rosto pintado com a maquiagem do artista enlouqueceram quando a banda tirou da manga o petardo "I'm Eighteen", presente no disco "Love It To Death", de 1970.
O palco enfeitado por bonecas e por toda uma parafernalha que compõe seu show só foi um charme a mais diante de repertório tão caprichado. "Under My Wheels" chegou com harmonia belíssima do baixo de Chuck Garric. Como se não bastasse, Alice, na sequência, apresentou outro clássico: "Billion Dolar Babies". A sonoridade cuidadosamente 'vintage' dos instrumentos de corda, para alegria dos mais velhos, remetia o tempo todo aos anos 1970.
"Hey Stoopid", clássico dos anos 1990, também não faltou ao setlist do músico norte-americano. Mas não era o bastante, e Alice pincelou ainda mais suas memoráveis canções. "Is It My Body" chegou cheia de energia e engrandeceu ainda mais a apresentação.
Como um maestro, Alice, de olhos atentos para a banda, regeu a psicodélica "Halo Of Flies". A composição original do disco "Killer" foi recheada por improvisos e mostrou que esta é uma das melhores bandas que já acompanharam o Alice.
Foi em "Feed My Frankstein" - momento mais insano do show - que a banda deu sequência ao teatro de Alice. Junto de seu assistente, o vocalista coloca fogo em uma máquina no palco e dela sai um gigante Frankstein com a cara de Alice.
O show ainda teve a poderosa "Poison", "I Love The Dead" com a tão conhecida cena em que a cabeça de Alice é decaptada por uma enorme guilhotina. "School's Out", do álbum homônimo, foi cantada em uníssono e teve intervenções inteligentes da canção "Another Brick In The Wall", do Pink Floyd.
Já no bis, Alice fez sátira aos políticos com a canção "Elected" - eleito, em português. Fechou a apresentação de pouco mais de 1h30 com homenagem a Jimi Hendrix com a composição "Fire". Banda feliz e público para lá de satisfeito. Alice, suas canções e seus shows, perduram já há mais de quatro décadas, e cá entre nós, está longe de soar datado.
Fotos: Ronaldo Chavenco
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