quarta-feira, 15 de junho de 2011

Colin Hay olhando para frente - entrevista

por Vinícius Castelli

"Estou sempre animado, não importa onde eu toque", diz Colin Hay, dono da voz que eternizou vários clássicos com o grupo de pop rock australiano Men At Work.

Como parte da extensa turnê brasileira, o músico se apresenta hoje, na Via Funchal, em São Paulo.

Junto ao Men At Work assinou canções como 'Down Under', 'Who Can It Be Now?' e 'Overkill'. Da carreira solo, que até se confunde com a antiga banda, clássicos como 'Into My Life' rodaram o mundo.

Mas Colin não é o tipo de músico que vive encostado nas sombras do passado. Novidades e assunto, o músico simpático e de fala lenta tem de sobra. Com 'Gathering Mercury', seu novo disco e 11º da carreira solo, o escocês radicado na Austrália tem bom motivo para visita no Brasil.

O vocalista, guitarrista e compositor disse, em entrevista exclusiva ao Diário, estar contente com o novo trabalho. "Esse é meu melhor disco, sinto isso em meu coração", diz.

Já há 20 anos trabalhando sem vínculo, com gravadora independente, vendendo seus álbuns nos shows, e excursionando o tempo todo, Colin afirma não saber o quanto está vendendo o novo disco. "Não faço ideia do quanto vende, o que me preocupo mesmo é em fazer o melhor álbum possível, é só com isso que me importo".

Diferentemente dos shows que costuma fazer nos Estados Unidos, onde vive, Colin chega ao Brasil acompanhado por outros músicos. "Estou com uma ótima banda para esta turnê. Nos Estados Unidos sempre faço os shows solo, estou muito animado", diz.

Em seu repertório, o vocalista não costuma colocar composições do Men At Work, mas conta que no Brasil, as pessoas não sabem muito de seus trabalhos solo. "Se eu faço turnê nos Estados Unidos, e também na maior parte do mundo, o Men At Work não é mais o principal da história. No Brasil sim. É um pouco frustrante para mim. Eu não ligo de tocar as velhas canções e amo o público, mas será um show retrô. O público quer escutar as canções do Men At Work. As pessoas não têm os discos solo aqui."

Quando a reportagem pergunta o que o público pode esperar então para a apresentação, ele devolve a pergunta: "O que você espera do show?". E brinca: "Não vou te contar, você tem de vir ao show para ver."

Seguir adiante é o lema de Colin. Se você espera reunião do Men At Work, como aconteceu em 1996 - marcada por turnê brasileira que rendeu o disco batizado 'Brasil' - pode perder as esperanças. Entre risos ele responde: "Por que eu faria isso? Eu não tenho interesse. Eu estou aproveitando minha vida. Não ligo para quem faça essas reuniões". E pergunta à reportagem: "Você sai com pessoas a quem você não vê há muito tempo?". "Não", "Então, comigo é a mesma coisa".

Serviço:
Hoje, às 22h.
Via Funchal - Rua Funchal, 65. São Paulo. Tel.: 3846-2300.
Ingr.: R$ 100 a R$ 180.

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