sexta-feira, 8 de abril de 2011

Slash enlouquece São Paulo

Vinícius Castelli

O público que lotou o HSBC Brasil na noite de quinta, em São Paulo, transpirou rock literalmente. O motivo foi a apresentação do guitarrista Slash. Considerado um dos melhores da atualidade, o ex-companheiro de palco de Axl Rose no Guns’N’Roses aproveitou a passagem pela cidade para divulgar seu novo trabalho de estúdio intitulado Slash.

Pontualmente às 21h30, a banda subiu ao palco e sacou Ghost, do novo disco, para abrir o show. Empunhando a eterna guitarra Les Paul e com a tão conhecida cartola sob os cabelos encaracolados, Slash tirou o fôlego das garotas presentes e fez com que os marmanjões não piscassem diante de seu ídolo.

Acompanhado do vocalista Myles Kennedy, que participou em uma faixa do novo disco do músico, Slash aproveitou para relembrar os tempos do grupo Slash's Snakepit com a Mean Bone, Sucker Train Blues, do Velvet Revolver veio em seguida.
O público, completamente enlouquecido, delirou quando Myles anunciou Nightrain, do Guns’n’ Roses. Em seguida ainda veio pesadíssima Rocket Queen, também do Guns. Só que desta vez, a canção veio recheada por improvisos dignos de uma grande banda de rock.

Civil War relembrou os tempos do Guns durante a passagem no Brasil no segundo festival Rock In Rio. Slash colocou o pé no pedal cry baby e tirou o ar dos presentes durante o belo solo de guitarra.
Voltando ao trabalho atual, Slash tocou a canção Back From Cali - gravada originalmente por Myles - e a belíssima e suave Starlight, com seu refrão grudento e poderoso.

Do novo álbum ainda vieram Nothing To Say, Beautiful Dangerous - gravada originalmente por Fergie - e We're All Gonna Die, cantada pelo ótimo baixista Todd Kerns. Depois, mais improvisos misturando peso e brisa e até arranjos com slide, proporcionando uma viagem sonora para ninguém botar defeito.

Outro clássico da antiga banda também veio a calhar: My Michelle, do Guns N' Roses, colocou o lugar abaixo. Com a composição Fall To Pieces ficou claro a força que o grupo Velvet Revolver também teve para os fãs. Executada com perfeição, a canção foi cantada em uníssono.

Mas como o melhor sempre fica para o final, não seria diferente com Slash. O músico tirou da cartola o clássico absoluto Sweet Child O'Mine, do Guns. Empunhando a guitarra para o alto, o músico fez o belo solo com toda a energia do mundo.

No bis ainda couberam três composições: By the Sword, do novo álbum, e Mr. Brownstone e Paradise City, ambas do Guns.
Ponto negativo da apresentação foi a altura da regulagem de som. Extremamente alta, incomodou bastante em alguns momentos.
Slash agradeceu, elogiou o público, improvisou e suou a camisa literalmente. Em pouco mais de duas horas de show, Slash fez solos brilhantes e mostrou que sim, sem sombra de dúvidas é um dos maiores guitarristas dos dias de hoje. Se o novo Guns’N’Roses pudesse assistir a um show de Slash, saberia que ele vai muito bem, obrigado.

Fotos: Ronaldo Chavenco

Setlist
Ghost
Mean Bone - Slash's Snakepit
Sucker Train Blues - Velvet Revolver
Nightrain - Guns N' Roses
Rocket Queen - Guns N' Roses
Civil War - Guns N' Roses
Back From Cali
Starlight
Nothing To Say
Beautiful Dangerous
We're All Gonna Die
Just Like Anything - Slash's Snakepit
My Michelle - Guns N' Roses
Fall To Pieces - Velvet Revolver
Sweet Child O'Mine - Guns N' Roses
Bis
By the Sword
Mr. Brownstone - Guns N' Roses
Paradise City - Guns N' Roses

3 comentários:

  1. O som nao estava extremamente alto, alias, os shows com som baixo é que estão cada vez mais sem graça, parecendo um dvd...

    ResponderExcluir
  2. Sucker Train Blues é do Velvet Revolver e não do Snakepit, como diz a matéria. A outra música do Snakepit foi Just like anything...

    ResponderExcluir
  3. Obrigado, João! Netto, o som estava realmente alto. Para o meu parecer, ao menos. Valeu a visita!!

    ResponderExcluir

Vagas de trabalhos na internet: Moda, tecnologia, meio ambiente e muito mais