quarta-feira, 13 de julho de 2011

Para comemorar com o lado B

Rock é música que conquista e corre nas veias. Simples e sem muita explicação. Sem pedir licença passa a fazer parte da vida. E é tão importante para quem faz quanto para quem consome. Não é música só dos grandes estádios, é underground, dos porões.
Disco bom não é só disco de ouro. Isso, muitas vezes, não conta nada. Banda boa não é só a queridinha das rádios. As preciosidades, aliás, sequer são conhecidas por todos. E existem aos montes!
Basta fuçar o baú para pincelar discos maravilhosos. Em homenagem ao Dia Mundial do Rock, comemorado amanhã, deixo dicas de álbuns ‘lado B', obras de arte ímpares.

Quando o vocalista e compositor Rod Evans resolveu abandonar o Deep Purple, mal sabia que estava a ponto de criar a banda mais significativa e revolucionária do rock. O Captain Beyond teve sua estreia em 1972, com disco homônimo. Junto do lendário baterista Bobby Caldwell, do guitarrista Rhino e do baixista Lee Dorman - ambos também do Iron Butterfly -, Evans criou um dos discos mais queridos da década de 1970. Canções ousadas e muito bem trabalhadas, como 'Dancing Madly Backwards (On a Sea Of Air)', deram nova musicalidade ao estilo. Não dá para morrer sem escutar.

'Volcanic Rock' é o segundo disco da banda australiana Buffalo. De 1973, tem sonoridade suja e singular. As melodias poderosas da guitarra de John Baxter são ponto alto. O vocal rasgado e feroz do britânico Dave Tice era novidade na época. 'Sunrise (Come My Way)', faixa que abre a obra é pura catarse. Outra que merece destaque é Freedom. Com mais de nove minutos, a canção traz várias passagens instrumentais. 'Volcanic Rock' influenciou sem dúvidas toda a geração do chamado ‘stoner rock'. Imperdível.

A Califórnia ferveu nos anos 1990 com o movimento ‘stoner rock'. Eddie Glass, guitarrista e figura conhecida no cenário, emplacou com o Nebula vários discos muito interessantes. O EP 'Let It Burn', lançado também no Brasil, mostrou que o mundo havia ganhado um trio de respeito. Sonoridade psicodélica, riffs pesados e solos incendiários são marca registrada. 'Down The Highway', 'Vulcan Bomber' e 'Elevation' se destacam.

Após o The Atomic Bitchwax emplacar dois discos sensacionais, o trio liderado pelo baixista, compositor e vocalista Chris Kosnik tirou '3' do bolso. Já sem o guitarrista Ed Mundell, o disco de 2005 trazia a mesma fórmula dos anteriores: som encorpado de guitarra e ótimo trabalho entre bateria e baixo. Os efeitos sonoros espaciais dão brilho às canções. A sonoridade e andamento das músicas é influência de bandas do passado. Destaque para 'You Can't Win' e 'Force Filed'.

Da gelada Suécia, surgiu uma das melhores bandas da atualidade. O quinteto Black Bonzo trouxe em 'Operation Manual - The Guillotine's Model Drama', seu terceiro disco, canções de tirar o fôlego. Lançado em 2009, contém mistura de rock com passagens levemente apimentadas pelo progressivo. De refrão grudento,'Because I Love You' é prato cheio para quem gosta de peso. Além de 'Zephyr', a acústica 'War Machine' encanta qualquer ouvido. Os outros dois discos do grupo valem ser conferidos.

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