Se você pertence ao mundo dos que acreditam que não se faz mais rock de qualidade como antigamente e que bandas novas não prestam, o Black Stone Cherry está aí para mudar sua opinião.
A banda da pequena Edmonton, cidade do estado de Kentucky, Estados Unidos, acaba de tirar do bolso 'Between The Devil & The Deep Blue Sea' (Warner, R$ 31 em média), seu terceiro disco de estúdio. Desta vez, o grupo resolveu deixar os campos de sua terra natal para trás e viajar até a calorosa Los Angeles para gravar. E sem esquecer de levar na bagagem a receita dos discos anteriores.
Comandado pela voz e guitarra de Chris Robertson, o quarteto, que também conta com o guitarrista Ben Wells, o baterista John Fred e com o baixista Jon Lawhon, evapora energia nas canções. Novidade? Na verdade, não. A banda faz isso desde o primeiro álbum, de 2006. E cá para nós, está cada vez melhor.
Tá, mas o que te faria escutar esse disco? Que tal frases de guitarra muito bem pensadas e arranjadas com timbres de dar água na boca? Solos de guitarra sem exibicionismo, com notas simples e certeiras. Vocal poderoso, bem cantado, harmonia inteligente de contrabaixo e boa levada de bateria?
Se você está acostumado com canções sem pegada, nem perca tempo. Em 'Between The Devil & The Deep Blue Sea' a coisa ferve para valer. É simples: puro feeling, e ponto final.
Os primeiros acordes da faixa-homônima são fortes e o refrão pegajoso. Impossível não balançar a cabeça já na primeira audição. 'Killing Floor' repete a fórmula da primeira música. Isso já basta para ter ideia do poder de fogo dos garotos.
Sem desligar a distorção, 'In My Blood' desacelera o passo da obra, mas sem perder a qualidade. Basta escutá-la uma vez para sair cantando '"It's in my blood and it's in my bones/In my heart and it's in my soul/And when I'm gone, I hope you'll understand".
O Black Stone Cherry, desde seu álbum de estreia, também tira da manga canções lentas, repletas de emoção. Mas o grande segredo dessas composições é que o grupo passa longe de forçar a barra. São músicas certeiras e fortes, representadas aqui por 'Stay' e 'Wont' Let Go' - de vocal delicioso.
Uma das mais sujas do disco é 'Such a Shame', música que remete ao segundo trabalho, 'Folklore And Superstitions', lançado em 2008.
Em 'Blame It On The Boom Boom' a guitarra, junto do pedal ‘wah-wah', grita no solo. Dois grandes momentos do álbum ficam por conta de 'Can't You See' e 'Let It Roll'.
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