quarta-feira, 2 de junho de 2010

Slash inovando

Quebrar preconceitos não é tarefa fácil. É preciso coragem e, muitas vezes, arriscar o próprio pescoço.

Mas Slash, o homem por detrás da cartola que se consagrou por conta da carreira junto ao Guns n´Roses, deu a cara a tapas e foi ser feliz.

Seu novo álbum, intitulado Slash (Music Brokers, R$ 28 em média), traz o guitarrista junto de outras estrelas de várias vertentes da música e dá uma porrada no preconceito.

Esqueça os desentendimentos com sua antiga banda. Há muito tempo Slash não vive do passado. Músico ativo e engajado, dividiu a energia dos últimos anos entre o grupo Velvet Revolver e também compondo ótimas canções para a carreira solo. E o melhor de tudo: para convidados mais do que especiais.

Quem um dia poderia imaginar o roqueirão de cabelos encaracolados que toca com a famosa guitarra Les Paul empunhada para o alto gravando com Fergie, a deliciosa voz tão conhecida do Black Eyed Peas ou com Adam Levine, do Maroon 5?

Ele imaginou e escreveu cada melodia pensando em seu convidado. E que fique claro: mesmo tendo no álbum figuras de muito respeito, como Ozzy Osbourne e Ian Astbury, do The Cult, por exemplo, nomes como Kid Rock, que interpreta a bela canção I Hold On, e Andrew Stockdale, líder do grupo australiano Wolfmother, não deixam absolutamente nada a desejar aos medalhões.
Sem a menor necessidade de brilhar sozinho, Slash dá o espaço que cada músico precisa para deslizar pelas canções. Cuida com delicadeza dos arranjos, é furioso quando necessário e faz a guitarra gritar em solos que são dignos de se tirar o chapéu – ou melhor, a cartola.

Além da elegância com que Iggy Pop encerra o álbum, Slash traz também a bela voz de Chris Cornell, que acaba de reacender o fogo do até então extinto Soundgarden.

O vozeirão rouco de Lemmi Kilmister, líder do Motorhead, não poderia ficar de fora. Está lá, pouco antes de Rocco de Luca. E, é claro, há espaço também para os amigos Duff McKagan (ex-Guns) e Dave Grohl (Foo Fighters). Slash conseguiu uma grande vitória ao mostrar que música boa é música boa e está acima de quem a faça.

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