A segunda visita da lendária banda norte-americana Twisted Sister ao Brasil serviu para proporcionar dois shows na mesma noite. Além do primeiro, oferecido pelo quinteto liderado pelo simpático vocalista Dee Snider, houve um outro, que ficou por conta do eufórico público que quase lotou a Via Funchal na noite do último sábado (27).
Tudo bem, o Twisted Sister fez sua estreia no Brasil no fim do ano passado, e a única novidade de lá para cá, é que tiraram as famosas maquiagens e também não usam mais as roupas coloridas. Mas para quem sabe do que se trata um concerto do Twisted Sister, sabe bem que eles não precisam de novidades.
Com uma discografia recheada por inúmeras canções valentes, que resistem fortemente ao tempo, o grupo subiu ao palco pouco depois das 22h e tirou do bolso a canção What You Dont' Know (Sure Can Hurt You), de Under the Blade, seu álbum de estreia e nela, as sempre entrosadas guitarras de JJ. French e Eddie Ojeda falaram alto.
The Kids Are Back veio em seguida e praticamente colocou o lugar abaixo. Stay Hungry, do álbum homônimo, lançado em 1984, veio na sequência, seguida pela pesadíssima Captain Howdy, para a felicidade dos fãs.
Na canção Shoot'em Down, o público cantou, pulou, e como fez durante todo o show, participou da melhor forma possível, enquanto o Twisted Sister assistia tudo de camarote, ou melhor, em cima do palco. A banda, que ainda conta com o baixista Mark Mendoza e com o baterista AJ. Pero, sabe bem como ganhar o público. Dee Snider é um entertainer de primeira, se enrolou na bandeira do Brasil, rasgou elogios ao público brasileiro, assim como fez seu companheiro JJ French, que disse o Brasil é o único País da América do Sul onde eles tocariam duas noites - nos outros países por onde passarão, tocarão apenas uma noite.
Mas foi no clássico absoluto We're Not Gonna Take It que o circo pegou fogo, com o público cantando em uníssono. Com a composição Long Live Rock'n'Roll, gravada originalmente pelo Rainbow, a banda prestou sua homenagem ao vocalista Ronnie James Dio, morto em maio deste ano.
Ainda couberam no setlist a canção I am (Iim Me), a paulada Under the Blade e a belíssima e desacelerada The Price, que com certeza tirou lágrima de muito fã.
Com uma luz vermelha cobrindo todo seu rosto, Dee Snider soltou a voz em Burn in Hell, para o delírio dos presentes. Mas faltava algo ainda. A banda queria mais e o público também, era a hora de I Wanna Rock, para incendiar de vez. No bis, Come Out And Play e SMF, para encerrar.
Não há como se cansar deles, e é bem provável que eles também não se cansem dos brasileiros, que cheios de energia, lotaram seu show pela segunda vez. Sim, Twisted Sister, a casa é de vocês, como vocês mesmo disseram, essa é sua segunda casa, venham sempre que quiserem.
Fotos: Ronaldo Chavenco
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