quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Paul McCartney encanta São Paulo


Vinícius Castelli

A experiência de assistir ao concerto de um ex-Beatle é algo único. E isso estava estampado no rosto do público que lotou o estádio do Morumbi na noite da última segunda-feira (22), em São Paulo. A chuva que insistiu em cair por toda a tarde, deu uma trégua instantes antes da lenda subir ao palco, pouco depois das 21h30.

Paul Mc Cartney é uma das maiores, se não a maior, referência viva da música. Baseado nisso, já é de se esperar no mínimo um ótimo espetáculo. Mas para o delírio dos sortudos que estavam dentro do estádio naquela noite, McCartney foi além, e proporcionou uma noite mágica.
 
Munido de toda sua experiência, dos músicos Abe Laboriel Jr (bateria), Paul Wickens (teclado), Brain Ray (guitarra e baixo), Rusty Anderson (guitarra) e de muita vontade de tocar, Paul também trouxe um trunfo: algumas das canções mais belas já escritas, e que sequer pensam em envelhecer.

Com o palco todo colorido pelo enorme telão, Paul apareceu ao som de Magical Mystery Tour, clássico dos Beatles. E não pense que o show foi apenas um revival de Beatles, o que também não teria problema algum. O britânico tirou do bolso canções como Jet, do disco pós-Beatles Band on The Run.
Brincalhão, ele falou português 80% do tempo, com a ajuda de algumas 'colinhas' que ficavam ao seu lado. E se deu bem, conquistou todo mundo logo de imediato, como se fosse preciso.
Mas sim, ele fez questão de ser simpático, de brincar, de fazer parte daquela multidão.

All My Loving veio recheada por imagens dos Beatles projetadas no telão. A qualidade do som foi algo espetácular. Qualquer um que fechasse os olhos por alguns segundos poderia pensar que estava assistindo um ensaio particular da banda, tamanha a qualidade do som no estádio.

Frases como "Tudo bem?" e "Vocês são maravilhosos" foram declaradas durante as 3 horas de show. Em uma apresentação com tantas canções belas fica difícil destacar 'essa ou aquela'. Mas uma merece destaque especial: Paul homenageou seu antigo companheiro de banda, o ex-Beatle Goerge Harrison com a música Something e com imagens do velho amigo no telão.
O público ainda conferiu Blackbird, Mrs. Vandebilt, Band On The Run, do disco homônimo e a mais recente Sing The Changes.

A poderosa frase de guitarra de Paperback Writer incendiou o estádio, que em uníssono, cantou também Let It Be junto de Paul. Feito criança feliz, o músico tocou baixo, violão, banjo, e piano, e ainda é dono de um vozeirão invejável.
Live and Let Die e os fogos de artifício quase colocaram o lugar abaixo. E ainda houve espaço, durante os dois bis, para Day Tripper, Lady Madonna, Get Back, Yesterday, Helter Skelter, e por fim, o clássico dos Beatles Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band seguida por The End.

Todos esperavam muito, e foram surpreendidos, com mais, muito mais. Um momento único e especial, para guardar para sempre.

Fotos: Ronaldo Chavenco

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